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Afinal, o que é a Síndrome em ‘Silo’ e qual seu impacto na trama?

A série de ficção científica ‘Silo’, da Apple TV+, baseada na obra de Hugh Howey, introduziu um conceito intrigante: uma misteriosa doença chamada A Síndrome. Essa condição médica obscura, específica para os habitantes da cidade subterrânea, não possui cura ou causa visível, levantando muitas questões sobre sua origem e papel na trama.

Na série, os residentes do Silo vivem sob um código de conduta rígido, evitando relíquias e o conhecimento do “antes”. Além disso, a Síndrome é um problema constante. Os sintomas incluem tremores involuntários, espasmos musculares, dores intensas e redução das funções cognitivas, podendo levar à falência total do sistema nervoso. A doença é mencionada pela primeira vez em um quadro de avisos no escritório do xerife e ganha mais destaque quando Juliette confronta Paul Billings, que tenta esconder seus tremores.

As regras do Silo estabelecem que qualquer pessoa com a Síndrome é proibida de ocupar cargos públicos ou posições que possam colocar em risco os outros moradores. A orientação é que os infectados busquem tratamento médico gratuito e sejam honestos sobre sua condição, sugerindo que a doença pode ter sérias implicações em estágios avançados.

Ao contrário do que se possa imaginar, A Síndrome não existe nos livros de Hugh Howey. A série criou este conceito para materializar o impacto psicológico de viver em confinamento. Apesar de não ser uma doença contagiosa ou hereditária, ela afeta pessoas de diferentes níveis do Silo.

A série sugere que a Síndrome pode ser uma “resposta neurológica” à pressão do confinamento, uma forma de retratar a depressão e outros transtornos psicológicos sem torná-los muito evidentes. A causa exata permanece um mistério. Fatores como gases ou vapores, falta de luz solar, medicamentos ou outros segredos do Silo podem estar envolvidos.

A importância da Síndrome na trama reside na possibilidade de desvendar segredos sobre a origem do Silo. A condição de Paul Billings, que recebe um tratamento diferenciado, levanta questionamentos sobre a veracidade da doença e seu uso como instrumento de controle. A juíza Meadows chega a sugerir que a Síndrome é uma reação humana ao confinamento e que as regras são discriminatórias.

Na segunda temporada, o xerife Billings começa a questionar os eventos após a saída de Jules e se alia a Hank para investigar um falso levante. Curiosamente, seus tremores desaparecem, o que levanta novas dúvidas sobre a Síndrome, sugerindo que ela pode ser um efeito psicológico que se dissipa com a sensação de liberdade. A ausência da Síndrome nos livros permite que a série explore essa trama sem limites, aprofundando os segredos do Silo e a busca por autonomia dos moradores.

Ao investigar a verdade com senso de justiça e curiosidade, Billings pode ter quebrado as amarras mentais das leis do Silo, incluindo a influência de Bernard e Sims. O futuro da série pode mostrar que a Síndrome é um símbolo da opressão e do esquecimento impostos aos residentes, intensificando-se quando eles têm menos autonomia, e que a melhora na condição mental leva à diminuição dos sintomas.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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