A Aliança para Criatividade e Entretenimento (ACE), organização antipirataria que reúne gigantes da mídia como Netflix, Amazon e Sony Pictures Entertainment, intensificou sua luta contra a pirataria de animes. A organização solicitou intimações judiciais contra a Cloudflare e a Tonic, que opera os domínios ".to" frequentemente utilizados por sites piratas. O foco principal dessa ação são alguns dos maiores sites de pirataria do mundo, incluindo o Anitaku, conhecido também como Gogoanime, que alcançou a marca de 158 milhões de visitas apenas em novembro.
A ação da ACE não se limita a sites em inglês. Plataformas de pirataria em língua chinesa como "gimy.ai" e "chinaq.tv", que contabilizam 43 milhões e 30,2 milhões de visitas mensais, respectivamente, também estão na mira. Esses sites oferecem uma variedade de animes, incluindo os lançamentos das temporadas de outono de 2024 e inverno de 2025.
A ofensiva da ACE destaca a magnitude do problema da pirataria de animes. Ao somar as visitas de outros grandes sites como "aniworld.to" (30 milhões), "animeworld.so" (5,2 milhões), "gogoanime3.cc" (59,5 milhões) e "animeunity.to" (19,8 milhões), o número de acessos mensais chega a 272,5 milhões. Incluindo sites com atualizações de animes como "gimy.ai", "chinaq.tv" e "Faselhds.care" (29,1 milhões), esse valor salta para 374,8 milhões.
O Anitaku, que representa metade desse volume, recentemente causou preocupação ao interromper suas atividades em 24 de novembro, deixando de atualizar novos episódios e desativando vários sites que replicavam seu conteúdo. Administradores de comunidades em redes sociais relataram dificuldades em contatar os operadores do site. Caso o Anitaku não retorne, ele se juntará a outros grandes nomes que cessaram suas operações no último ano, como o Aniwave, cujos operadores confessaram todas as acusações após sua prisão, e o Aniwatch, que chegou a ter cerca de 136 milhões de visitas em janeiro de 2024.
O acesso ao Aniwatch agora redireciona os usuários para o HiAnime, ilustrando a constante mudança no cenário da pirataria. Apesar dos esforços de organizações como a ACE e a CODA (Content Overseas Distribution Association), do Japão, que investem recursos significativos no combate à pirataria, o surgimento de novas plataformas e a renomeação de sites antigos demonstram a complexidade dessa batalha. No entanto, o encerramento de sites piratas pode levar alguns usuários a migrarem para serviços legais, diante da perda de comunidades e listas de favoritos.
