A BBC divulgou sua lista anual das 100 mulheres mais influentes do mundo em 2024, e o Brasil está bem representado. Entre as três brasileiras selecionadas, destaca-se a ginasta Rebeca Andrade, celebrada por sua trajetória de superação e conquistas excepcionais nos Jogos Olímpicos de Paris.
Rebeca, com seus 25 anos, tornou-se a maior medalhista olímpica brasileira da história, acumulando seis pódios: dois ouros, três pratas e um bronze. Sua inclusão na lista da BBC se justifica não apenas por suas medalhas, mas também pela sua inspiradora jornada de vida.
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Nascida em Guarulhos, na periferia de São Paulo, em uma família de sete irmãos, Rebeca enfrentou diversas dificuldades desde a infância. Criada por uma mãe solo que trabalhava como faxineira, a jovem ginasta percorria longas distâncias a pé para treinar, demonstrando uma determinação admirável.
Além da pobreza, Rebeca superou três cirurgias graves no joelho, obstáculos que não a impediram de alcançar o sucesso. A BBC também destaca a admiração que a ginasta brasileira recebeu das norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles após sua vitória no solo em Paris, um momento de reconhecimento internacional.
A própria Rebeca ressaltou a importância da resiliência em sua trajetória, declarando à BBC: “Ser resiliente está relacionado à forma como lidamos com as coisas que acontecem com a gente, e a ajudar minhas colegas de equipe a ver o lado bom mesmo quando as coisas estão muito ruins.”
Além de Rebeca, a lista da BBC inclui outras duas brasileiras: Lourdes Barreto, ativista pelos direitos das prostitutas, e Silvana Santos, bióloga. A seleção deste ano enfatiza a resiliência como um traço marcante das mulheres homenageadas.
A lista da BBC também reconhece outras atletas notáveis: a corredora Allyson Felix (EUA); a atiradora Kim Yeji (Coreia do Sul); a atleta paralímpica de taekwondo Zakia Khudadadi (Afeganistão), primeira medalhista entre competidores refugiados; a mesatenista Zhiying [Tania] Zeng (Chile), que competiu nas Olimpíadas aos 58 anos; a lutadora Vinesh Phogat (Índia); e duas atletas sobreviventes de violência doméstica: a corredora Joan Chelimo Mellye (Quênia/Romênia) e a arqueira paralímpica Tacy Otto (EUA).
Ainda em dezembro, Rebeca Andrade poderá ser agraciada, pelo quarto ano consecutivo, com o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta do ano entre mulheres (Troféu Rei Pelé). Ela concorre com a judoca Beatriz Souza, medalha de ouro em Paris, e a canoísta Ana Sátila, quarta colocada em Paris na prova de K1.
100 MULHERES | A ginasta Rebeca Andrade, a ativista pelos direitos das prostitutas Lourdes Barreto e a bióloga Silvana Santos estão entre os nomes escolhidos pela BBC neste ano: https://t.co/NWirG7RbB3 pic.twitter.com/ADcoCTDvBX
— BBC News Brasil (@bbcbrasil) December 3, 2024