O Ibovespa iniciou a semana alcançando o patamar mais alto desde setembro de 2024, chegando a 135,7 mil pontos. No entanto, o índice perdeu força durante a tarde desta segunda-feira (28), encerrando o dia com um avanço mais tímido.
Apesar da sexta alta consecutiva, o volume de negociações ficou abaixo da média diária, totalizando R$ 20,4 bilhões, em comparação com a média de R$ 23 bilhões. Segundo Henrique Lenzi, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os investidores aguardam novos sinais do mercado, como dados macroeconômicos e balanços empresariais desta semana, para determinar o potencial de crescimento do índice.
Na quarta-feira, os Estados Unidos divulgarão importantes indicadores econômicos, incluindo o relatório de empregos ADP, a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e o índice de preços de gastos com consumo (PCE).
O Ibovespa fechou o dia aos 135.015,89 pontos, com uma alta de 0,21%. Durante a manhã, o índice atingiu a máxima intradia de 135.709,27 pontos, representando um aumento de 0,72%, o maior nível desde 16 de setembro.
Tensões comerciais entre EUA e China no radar
Um dos principais pontos de atenção nos mercados globais continua sendo a indefinição em relação a um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou que a China precisa reduzir as tensões comerciais, considerando o nível “insustentável” das tarifas impostas entre os dois países.
De acordo com uma reportagem da Dow Jones, Pequim não demonstra pressa em implementar políticas para estabilizar sua economia, mesmo diante do impacto das tarifas americanas. A busca da China busca aliança com Japão contra tarifas de Trump, mostra o cenário de incertezas.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, expressou a crença de que existe um desejo de negociação entre China e Estados Unidos, mas ressaltou que a redução das tensões comerciais não será um processo fácil. Segundo ele, ainda haverá avanços nos bloqueios.
Cenário local impulsiona o Ibovespa
Operadores do mercado mencionam que a recente valorização do Ibovespa foi influenciada por diversos fatores, incluindo múltiplos descontados, a expectativa de fim do ciclo de aperto monetário pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e a percepção de que os EUA não são mais um refúgio seguro como se acreditava desde o início da política tarifária de Donald Trump. Esse cenário tem atraído um fluxo estrangeiro positivo para a bolsa brasileira nos últimos pregões.
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