Uma pesquisa recente do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) revelou uma mudança significativa na composição da frota de veículos do estado. Pela primeira vez, o número de motocicletas, motonetas e ciclomotores ultrapassou o de automóveis.
Os dados mostram que veículos de duas rodas agora representam 41,43% do total da frota, enquanto os carros correspondem a 40,67%. Em números absolutos, existem 680.948 motocicletas registradas no RN, em comparação com 668.460 automóveis, resultando em uma diferença de 12.488 veículos.
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O levantamento do Setor de Estatística do Detran-RN analisou a evolução da frota de motocicletas nos últimos cinco anos (2020-2024). O estudo indica um aumento de 67,6% no número de novos registros anuais. Entre 2020 e 2021, foram registrados 19.881 novos veículos de duas rodas, número que saltou para 33.315 entre 2023 e 2024. A média de crescimento anual no período foi de 26.150 novos veículos.
Natal ainda prefere carros
Na capital potiguar, a situação é um pouco diferente. Os automóveis ainda predominam, representando 51,39% da frota, enquanto as motocicletas correspondem a 28,30%. No entanto, o crescimento da frota de motocicletas também é notável em Natal.
Entre 2020 e 2021, foram registrados 3.408 novos veículos dessa categoria, aumentando para 5.525 entre 2023 e 2024, um crescimento de 62,11%. A média anual de crescimento na capital foi de 4.463 veículos.
O Detran-RN destaca que o aumento da frota de motocicletas reforça a necessidade de políticas públicas focadas na segurança dos motociclistas, incluindo ações educativas e de fiscalização. O subcoordenador de Educação para o Trânsito do Detran-RN, Hamurab Figueiredo, afirmou que o órgão tem intensificado campanhas educativas e ações de fiscalização em resposta a essa tendência.
“Na parte educativa, estamos promovendo ações de informação e conscientização em escolas e nas ruas, tanto na capital quanto no interior. O trabalho cooperativo com instituições parceiras é fundamental para reduzir os sinistros e preservar vidas no trânsito”, concluiu Figueiredo.
