Casal icônico de ‘Star Trek’: o romance de Bashir e Garak finalmente se concretiza (em um universo paralelo)
Um desejo antigo dos fãs de Star Trek, que perdura há três décadas, finalmente se tornou realidade no último episódio de Star Trek: Lower Decks, embora não exatamente como os admiradores imaginavam. O penúltimo episódio da série animada, intitulado "Fissure Quest", canonizou o que os fãs especulavam desde 1993: o romance entre o Doutor Julian Bashir e o Mister Elim Garak, de Deep Space Nine. A reviravolta? Isso acontece em uma dimensão alternativa, onde eles aparecem como um casal casado, ao lado de outros personagens favoritos da franquia, como T'Pol de Enterprise e Harry Kim de Voyager.
O showrunner de Star Trek, Mike McMahan, reconheceu a teoria dos fãs que se estendeu por tanto tempo, dizendo à Variety que eles "apreciaram a química romântica que Andrew e Sid trouxeram para Garak e Bashir em DS9, e nos 30 anos desde então. Se há algo para que o multiverso serve, é para passar um tempo com esses dois recém-casados enquanto eles exploram o universo e seu relacionamento juntos". Ele brincou, acrescentando: "Lembrem-se, nunca vão dormir com raiva e nunca quebrem a Primeira Diretiva – a menos que vocês realmente, realmente precisem."
A origem desse relacionamento remonta a 1993, quando Andrew Robinson participou de Deep Space Nine em "Past Prologue". A química entre o "simples alfaiate" Garak, interpretado por Robinson, e o médico sincero Bashir, interpretado por Alexander Siddig, foi imediata, transformando a participação única de Robinson em um papel recorrente.
Ambos os atores alimentaram ativamente o interesse dos fãs ao longo dos anos. Eles frequentemente discutiram o potencial romance dos personagens em convenções até que os produtores supostamente pediram que parassem, segundo um artigo de 1998 da Metro. Em The Fifty-Year Mission: The Next 25 Years, Siddig revelou: "No começo, você nem tem certeza de sua sexualidade. Então eles colocam o cardassiano Garak na mistura em um estágio muito inicial, e não é sutil. Há uma espécie de sexualidade trêmula acontecendo ali."
Robinson foi igualmente franco sobre sua interpretação, afirmando: "Bashir é realmente bonito, então como uma escolha de personagem, pensei, 'Que diabos? Por que não ir em frente?' Há um close de Garak onde parece que ele poderia comê-lo vivo." No documentário de Deep Space Nine, What We Left Behind, Robinson confirmou que "Garak definitivamente queria um relacionamento íntimo com Bashir."
O emparelhamento nunca se concretizou na série dos anos 90, refletindo a limitada representação LGBTQ+ na televisão na época. O showrunner de Deep Space Nine, Ira Steven Behr, admitiu em What We Left Behind que gostaria de ter "pressionado mais para tornar Garak abertamente queer". O roteirista Ronald D. Moore mais tarde expressou arrependimento em uma entrevista de 2008 à AfterElton, dizendo que se sentia "culpado" por ele e outros roteiristas terem "fracassado" em incluir personagens queer.
Embora as séries modernas de Star Trek tenham abraçado relacionamentos LGBTQ+, notavelmente com Stamets e Culber de Discovery em destaque, esse emparelhamento favorito dos fãs permaneceu não oficial até agora. Os atores até mesmo apresentaram trabalhos escritos por fãs por meio do Zoom em 2020, demonstrando seu apoio contínuo ao relacionamento. Assim como em outros exemplos de romances na ficção, como o romance de Deku e Uraraka em My Hero Academia, que também tem ganhado destaque recentemente.
Embora a versão de Lower Decks tecnicamente apresente versões de universos alternativos dos personagens (com Bashir como um Holograma Médico de Emergência), representa um reconhecimento significativo de um relacionamento pioneiro que nunca teve sua devida atenção em sua exibição original.
