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Comando das Criaturas: série animada da DC inicia nova fase do universo de James Gunn

A primeira temporada contou com participações da feiticeira amazona Circe, do arqui-inimigo do Flash, Gorila Grodd, Cara-de-Barro e até mesmo do próprio Batman.

O universo da DC Comics sob a batuta de James Gunn começou com o pé direito com a série Comando das Criaturas, da Max. A produção, baseada na equipe homônima das HQs, é uma animação adulta de super-heróis e marca a primeira incursão televisiva do novo DCU, que substitui o controverso DCEU. A trama acompanha um time de operações secretas formado por monstros sobrenaturais presos, reunidos pela agente do governo Amanda Waller.

A equipe nada convencional é composta por Eric Frankenstein, a Noiva de Frankenstein (também conhecida como “A Noiva”), Dr. Phosphorous, Doninha, G.I. Robot e Nina Mazursky. Liderados pelo General Rick Flag, que recebeu de Waller um colar de choque para controlar os monstros, esse grupo de anti-heróis embarca em missões arriscadas para manter a segurança global.

Comando das Criaturas, a primeira parte do Capítulo 1: Deuses e Monstros, abre um novo caminho para o DCU, mostrando que Gunn não terá receio de usar personagens obscuros da DC Comics. Com uma equipe que inclui criações de Frankenstein zumbificadas e eloquentes, um cientista anfíbio, uma criatura esquelética em chamas, um híbrido de humano e roedor e um androide que caça nazistas, a série é uma amostra do quão bizarro e vasto será o DCU de Gunn. A produção da Max é tão sangrenta quanto divertida, estabelecendo o tom para essa nova era da DC.

A série leva os fãs para o cenário em evolução do DCU criado por Gunn. A animação adulta é uma continuação dos eventos da primeira temporada de Pacificador e narra as aventuras da equipe de agentes sobrenaturais reunida por Amanda Waller. Apesar de muitos terem se afastado da DC Comics devido aos problemas do DCEU, Comando das Criaturas tem sido um alívio para a DC Studios. A narrativa é emocionante, bem-humorada e envolvente, com uma animação de alta qualidade que dá um gostinho do que está por vir no DCU. A produção não só apresenta uma equipe de anti-heróis inédita no DCEU, mas também expande o universo da DC.

Em um diálogo da série, Rick Flag e Amanda Waller discutem a situação da equipe:

Achei que o Congresso tivesse interrompido todas as atividades da Força-Tarefa X.”

O Congresso disse que você não pode usar prisioneiros humanos. Esses idiotas não são humanos.”

A primeira temporada contou com participações da feiticeira amazona Circe, do arqui-inimigo do Flash, Gorila Grodd, Cara-de-Barro e até mesmo do próprio Batman. A série animada também faz referência a Temiscira, lar da Mulher-Maravilha, Gotham City e a boate do Pinguim, consolidando a extensão do universo da DC. Quando anunciou o DCU em 2022, Gunn manifestou seu desejo de que o universo cinematográfico fosse interconectado entre animação e live-action. Até agora, Comando das Criaturas tem cumprido essa promessa.

James Gunn afirmou que o objetivo é que o DCU seja interligado em filmes, séries, jogos e animações, com os personagens sendo consistentes e interpretados pelos mesmos atores. Ele também mencionou que produções fora do universo principal, como Batman de Matt Reeves, Coringa de Todd Phillips e Os Jovens Titãs em Ação, serão rotuladas como DC Elseworlds, fora da continuidade principal.

A equipe reunida por Waller é tão intimidadora quanto poderosa. Formada por Eric Frankenstein, a Noiva de Frankenstein, Doninha, G.I. Robot, Dr. Phosphorous e o General Rick Flag, a equipe é composta por personagens da DC pouco conhecidos. Para iniciar o DCU, muitos esperavam que Gunn usasse personagens como Batman e Superman, mas o cineasta preferiu dar destaque a essa equipe de anti-heróis menos famosa. A inclusão desse grupo em Capítulo 1: Deuses e Monstros mostra que Gunn não tem medo de usar personagens obscuros da DC no DCU.

Comando das Criaturas também evidencia o talento de Gunn como contador de histórias. O roteirista conseguiu dar vida a um zumbi romântico como Eric Frankenstein, além de explorar as histórias trágicas do Dr. Phosphorous e da Doninha. Assim como fez com a franquia Guardiões da Galáxia, Gunn pegou personagens pouco lembrados e os colocou no centro de um universo cinematográfico. O diretor já anunciou filmes solo de Monstro do Pântano e Cara-de-Barro, comprovando que tanto os personagens mais populares quanto os mais esquecidos da DC estarão presentes no DCU.

Por dez anos, um DCEU desinteressante viveu na sombra do sucesso do MCU. Enquanto a Marvel Studios lançava um sucesso de bilheteria atrás do outro, a DC Comics lutava para ganhar espaço no cinema. Com Gunn agora liderando um reboot cinematográfico, há motivos para os fãs estarem entusiasmados com o futuro do DCU. O problema nunca foi a falta de material interessante na DC, já que personagens como Superman, Batman e Mulher-Maravilha são alguns dos heróis mais populares da cultura pop. No entanto, o problema residia nos fracassos de bilheteria e nas histórias pouco inspiradas do DCEU.

Com um roteirista experiente como Gunn liderando o projeto, a DC Studios pode experimentar um renascimento cinematográfico. O sucesso da estreia de Comando das Criaturas prova que o DCU de Gunn oferecerá aos fãs personagens e histórias que valem a pena. Isso não quer dizer que o DCU será perfeito, mas se a primeira produção, Comando das Criaturas, servir como exemplo, o DCU pode superar o seu antecessor.

Comando das Criaturas está disponível para streaming na Max.

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Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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