Filmes

Fim de Era: Sony encerra planos para novos filmes do Universo Spider-Man

A Sony, detentora dos direitos cinematográficos do Spider-Man, anunciou o fim de seus planos para novos filmes do universo compartilhado do aracnídeo. Após 22 anos e sucessos como a trilogia Spider-Man com Tobey Maguire e os filmes recentes com Tom Holland, a produtora põe um ponto final em produções derivadas consideradas decepcionantes. Apesar do fim das produções paralelas, a franquia Spider-Man, incluindo os filmes com Tom Holland produzidos em conjunto com a Marvel Studios e a saga Homem-Aranha no Aranhaverso, continuará.

Kraven, o Caçador, com estreia prevista para 13 de dezembro, será o último filme do universo Spider-Man da Sony, marcando o fim de uma era de resultados abaixo das expectativas. Longas como Morbius e Madame Web foram criticados pela crítica e público, e até mesmo a trilogia Venom, que começou promissora, decepcionou. Personagens que conquistaram seu espaço, como o Abutre, interpretado por Michael Keaton, e a Spider-Woman de Sydney Sweeney, ficam sem continuidade, frustrando parte da audiência. O fracasso de filmes como Venom: Tempo de Carnificina, que apesar da boa interpretação de Woody Harrelson como Carnage, deixou a desejar na trama, contribuiu para a decisão da Sony.

O Abutre, um vilão memorável, aclamado por fãs e críticos, presente em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, Homem-Aranha: Longe de Casa e Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, era uma figura complexa, com motivações compreensíveis que o tornavam assustador. Sua aparição na cena pós-créditos de Morbius e a promessa de um filme Sinistros Seis, agora cancelados, representam uma perda considerável para os fãs. A possibilidade de o vermos em Vingadores: Dia do Julgamento ou Vingadores: Guerras Secretas, é especulada, mas não confirmada.

Sydney Sweeney como Julia Carpenter, em Madame Web, também representou uma oportunidade perdida. Embora o filme tenha sido amplamente criticado, a interpretação da atriz e o figurino como a segunda Spider-Woman agradaram ao público. A personagem, nas HQs, possuía poderes psíquicos além das habilidades araneídeas tradicionais, abrendo possibilidades para um futuro rico em narrativas, e sua ausência representa uma decepção para os fãs.

Carnage, icônico vilão do Homem-Aranha, também teve seu potencial desperdiçado. A interpretação de Woody Harrelson em Venom: Tempo de Carnificina foi um ponto positivo do filme, mas a continuação da história ficou em aberto, frustrando as expectativas. A popularidade do personagem nas HQs, por sua brutalidade e vilania, justificava uma exploração maior no universo cinematográfico.

Knull, o deus dos simbiontes, apresentado em Venom: O Último Baile, mal teve chance de brilhar. Sua introdução gerou grande expectativa entre os fãs, devido ao papel relevante do personagem nos quadrinhos. Knull, um antagonista com o potencial de rivalizar com Thanos, poderia ter se tornado um grande vilão do universo Spider-Man da Sony, algo que não irá acontecer.

Por fim, a versão de Venom interpretada por Tom Hardy, se destacou pelo vínculo peculiar entre Eddie Brock e seu simbionte, explorando uma dinâmica de 'casais brigões'. A recepção positiva do público demonstrava o potencial da trilogia, frustrando os fãs com o fim não conclusivo da saga. A Sony parece ter encerrado o projeto sem dar a devida atenção a esse universo, deixando um mistério sobre o futuro do universo Spider-Man da Sony.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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