Florence Pugh revela o preço emocional de ‘Midsommar – O Mal Não Espera a Noite’
O lançamento de Midsommar em 2019 confirmou o talento de Ari Aster, que havia despontado com Hereditário, e abriu caminho para projetos maiores como Beau Tem Medo, de 2023.
Florence Pugh abriu o jogo sobre o intenso desgaste emocional que sofreu durante as filmagens do aclamado terror folclórico ‘Midsommar – O Mal Não Espera a Noite’, dirigido por Ari Aster. Em sua participação no podcast Reign with Josh Smith, a atriz indicada ao Oscar revelou que se “abusou” para conseguir entregar a performance assombrosa de Dani, a protagonista da trama lançada em 2019.
Midsommar é considerado uma obra-prima do terror contemporâneo, e a atuação de Pugh é um dos seus maiores trunfos. O filme acompanha Dani, uma jovem que enfrenta uma tragédia familiar inimaginável e viaja com o namorado e amigos para um festival de verão na Suécia, que acontece a cada 90 anos. O que começa como um retiro idílico se transforma em um pesadelo com as revelações macabras sobre os costumes dos anfitriões.
A interpretação de Pugh sobre o estado mental em deterioração de Dani e sua transformação rendeu aclamação da crítica, consolidando seu lugar entre os grandes talentos de Hollywood. No entanto, conforme a atriz revelou, essa conquista teve um alto preço.
“Eu definitivamente senti que me abusei nos lugares que me forcei a ir”, explicou Pugh no podcast, ao refletir sobre as exigências emocionais do papel. A atriz também reconheceu o impacto duradouro de um método de atuação tão intenso, acrescentando: “A natureza de descobrir essas coisas é que você precisa pensar, ‘Ok, eu não posso fazer isso de novo porque foi demais’”. Apesar do custo pessoal, Pugh defende seu comprometimento com Midsommar, afirmando: “Eu olho para aquela atuação e me sinto muito orgulhosa do que fiz, e orgulhosa do que saiu de mim. Não me arrependo disso.”
Pugh tem todos os motivos para se orgulhar. O papel marcou um ponto de virada na sua carreira, mostrando sua habilidade em conduzir um filme através de cenas intensamente dramáticas, mantendo a credibilidade mesmo nas situações mais surreais. No mesmo ano de sua indicação ao Oscar por Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig, Midsommar demonstrou a versatilidade da atriz, firmando-a como um dos maiores talentos de sua geração. Sua interpretação impactante de dor e trauma elevou o filme, que transcendeu os padrões convencionais de terror, estabelecendo um novo patamar para a profundidade psicológica no gênero.
O lançamento de Midsommar em 2019 confirmou o talento de Ari Aster, que havia despontado com Hereditário, e abriu caminho para projetos maiores como Beau Tem Medo, de 2023. Para Pugh, o papel mostrou sua capacidade de lidar com material desafiador, pavimentando o caminho para papéis de destaque em blockbusters como Viúva Negra e filmes aclamados pela crítica como Não Se Preocupe, Querida. A exploração sem rodeios de dor, trauma e relações tóxicas em Midsommar influenciou inúmeros filmes desde então.
O filme recebeu aclamação geral da crítica, especialmente pela atuação de Pugh, considerada merecedora de uma indicação ao Oscar, apesar da histórica relutância da Academia em reconhecer filmes de terror. Embora alguns espectadores tenham achado o ritmo lento e a duração de 147 minutos desafiadores, a visão ousada do filme e a performance emocional crua de Pugh o ajudaram a se tornar um sucesso comercial, arrecadando mais de US$ 47,9 milhões em todo o mundo, com um orçamento modesto de US$ 9 milhões.
Atualmente, Midsommar está disponível para streaming no MAX.