Josué de ‘Central do Brasil’, Vinicius de Oliveira, fala sobre reconhecimento e torcida pelo Oscar
Vinicius de Oliveira, conhecido por interpretar Josué em ‘Central do Brasil’, falou sobre sua experiência no Oscar e a torcida pelo filme ‘Ainda Estou Aqui’ na premiação de 2025. Aos 26 anos da estreia do clássico do cinema nacional, ele ainda é reconhecido nas ruas pelo marcante papel. Em entrevista, o ator compartilhou suas perspectivas sobre a premiação e sua trajetória profissional.
Na última terça-feira (17), a Academia anunciou os pré-finalistas do Oscar 2025, e o filme brasileiro ‘Ainda Estou Aqui’, original do Globoplay, está na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional. O longa foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país na premiação e concorre com outros 84 filmes, dos quais apenas 15 serão selecionados. Além da categoria principal, há expectativa para indicações em outras categorias, como Melhor Atriz para Fernanda Torres.
Vinicius de Oliveira, que viveu a experiência de disputar o Oscar em 1999 com ‘Central do Brasil’, expressou sua felicidade com a repercussão em torno de ‘Ainda Estou Aqui’. Ele ressaltou a importância do movimento para que o público brasileiro volte a frequentar as salas de cinema, especialmente para assistir filmes nacionais. “O filme é realmente belíssimo, com atuações extraordinárias. Walter (Salles) é um mestre do cinema. Vamos torcer e estou achando fortemente que vai dar certo”, disse o ator, demonstrando otimismo.
Aos 28 anos de carreira, Vinicius também atua como diretor, roteirista e preparador de elenco. Pai de Benjamin, de 11 anos, e Antonio, de 9, frutos de seu relacionamento com a atriz Sara Antunes, ele se tornou uma referência para os filhos, que estão seguindo seus passos nas artes cênicas. Os meninos participaram da peça ‘Voz de Vó’, escrita e dirigida pela mãe, e foram indicados ao prêmio de Ator Revelação da Associação Paulista de Críticos.
O ator compartilhou que é comum as pessoas o reconhecerem como o menino de ‘Central do Brasil’, mesmo após tantos anos. Recentemente, um motorista de aplicativo o reconheceu de imediato, o que demonstra o impacto duradouro do filme no imaginário das pessoas. Vinicius afirma que o reconhecimento não é apenas tietagem, mas sim o resultado de um trabalho que emocionou e marcou a vida de muitos espectadores.
Vinicius explicou que ‘Central do Brasil’ influenciou sua decisão de trabalhar com artes, despertando seu interesse pela capacidade da arte de transformar vidas e questionar o mundo. A repercussão do filme nos festivais, como o Urso de Ouro no Festival de Berlim e o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira, consolidou sua paixão pela atuação e direção. Antes do filme, seu sonho era ser jogador de futebol, mas a experiência no cinema o levou a seguir uma nova trajetória.
Quanto à sua relação com Fernanda Montenegro, com quem contracenou em ‘Central do Brasil’, Vinicius disse que mantém contato esporádico, mas sempre com carinho e admiração. “Eu tô sempre aqui olhando, acompanhando e admirando a Fernanda e ela também faz isso, na medida do possível. Ela faz isso com todo mundo, porque ela é muito maravilhosa!”, comentou.
Entre seus projetos atuais, Vinicius destaca sua participação nas séries ‘Um Dia Qualquer’, na Max e no canal Space, e ‘Os Quatro da Candelária’. Além disso, ele gravou três longas-metragens e uma série para o próximo ano. Um dos projetos é ‘Tremembé’, da Prime Vídeo. Atualmente, ele se dedica ao seu primeiro longa-metragem como diretor, um filme de ação com quatro mulheres protagonistas.
Na vida pessoal, Vinicius está separado há cinco anos de Sara Antunes, e atualmente namora a atriz, cineasta e crítica de cinema Liliana Bernarte. Ele afirma que está feliz e vivendo o dia a dia sem muitos planejamentos. Sobre a paternidade, ele se considera um pai presente, que sabe transitar entre os momentos de carinho, atenção e disciplina, sempre respeitando o espaço de seus filhos.
A participação de Vinicius no filme ‘Central do Brasil’ o levou a vivenciar a experiência do Oscar, e agora ele torce para que o filme “Ainda Estou Aqui”, com Fernanda Torres, repita o sucesso e traga mais uma estatueta para o cinema nacional.
