Para a estrela da AEW, Kris Statlander, 2024 tem sido um ano de grandes emoções, e ela terá a oportunidade de finalizar este ciclo com chave de ouro no evento 'Worlds End'. Statlander terá a chance de reconquistar o Campeonato TBS, mas para isso, precisará derrotar a CEO, Mercedes Moné, uma adversária que ela conhece bem. No evento Full Gear, as duas lutadoras protagonizaram um confronto épico, que se tornou um dos favoritos na carreira de ambas. Em entrevista à ComicBook, Statlander falou sobre a revanche, a possibilidade de um Torneio Clássico Continental Feminino, seu sonho para o All In no Texas, e a mudança de heel para babyface e os desafios que isso acarretou.
Inicialmente, Statlander comentou sobre a luta no Full Gear, que destacou o melhor de cada lutadora. Segundo ela, o confronto mostrou o que cada uma traz para o ringue, o que o torna tão especial.
“Acho que aproveitamos os pontos fortes uma da outra, e é difícil encontrar alguém com quem lutar que complemente isso. Foi o que tornou a luta tão especial, mostramos quem somos uma contra a outra”, disse Statlander. “Há muitas coisas ótimas sobre essa luta e me sinto honrada por ter feito essa apresentação. Foi tão simples quanto isso.”
Moné também classificou a luta como uma das melhores de sua carreira, e Statlander compartilha desse sentimento, destacando que a confiança mútua foi um fator determinante para criar aquele momento fenomenal. “É uma honra, e não levo isso de ânimo leve, pois nunca me daria o crédito de ser essa pessoa. São sempre duas pessoas numa luta. Não sou só eu quem faz a luta acontecer. Não que eu tenha tirado uma ótima luta dela, mas estávamos no lugar certo no wrestling”, explicou Statlander. “Confiei nela, ela confiou em mim, e fomos capazes de criar algo incrível. Ela diz que é uma das melhores lutas da carreira dela. Obviamente, é uma das minhas melhores lutas na minha carreira e uma das minhas favoritas. É algo que nunca vou esquecer.”
Antes mesmo da revanche ser confirmada para o Worlds End, Statlander já pensava em como seria um segundo encontro, mencionando lições aprendidas na primeira luta. “Definitivamente não é um livro fechado. Espero ter outra chance de redenção. Ela realmente atacou minha perna, aproveitou isso e foi inteligente, mas sujo. Vou garantir que minha perna esteja mais preparada para uma rodada dois, caso aconteça”, afirmou Statlander.
Apesar de não ter derrotado Moné no primeiro confronto, Statlander acabou com a aliança entre Moné e sua guarda-costas, Kamille. Essa parceria teve um fim dramático após a saída de Kamille, sendo que Statlander foi responsável pela primeira derrota de Kamille na AEW. No entanto, Statlander não guarda tanta mágoa de Kamille quanto de Moné.
“O que aconteceu com Kamille e Mercedes não foi culpa dela. Acho que Mercedes tinha expectativas de quem ela contrataria como guarda-costas, e ela pressionou Kamille de maneiras antiéticas, tentando fazer ela atropelar pessoas com carros, e eu também ficaria frustrada se fosse ela”, disse Statlander. “Acho que era meio que esperado. Não foi uma parceria tão coesa quanto Mercedes e Kamille esperavam.”
A trajetória de Statlander em 2024 foi intensa. Ela começou o ano como babyface, ao lado de sua amiga Willow Nightingale. Mas tudo mudou no evento Double or Nothing, quando Statlander atacou Nightingale e se aliou a Stokely Hathaway. Após uma rivalidade intensa, ela passou por uma reviravolta inesperada, deixando de lado a aliança com Hathaway e enfrentando Moné. Com Moné totalmente na sua fase heel, Statlander assumiu o papel de heroína nessa nova rivalidade.
Surpreendentemente, em um mês, a AEW conseguiu transformar Statlander em uma figura altruísta, com o público aceitando a mudança. Após o Full Gear, parece que esse ciclo se completou. Statlander entende a confusão do público e a hesitação em apoiá-la após essa reviravolta, mas espera que eles lhe deem outra chance.
“Eu estava um pouco confusa, pois não tinha certeza de onde meus valores se alinhavam, o que confundiu os fãs. Entendo como é difícil apoiar alguém que machucou outra pessoa, e entendo por que as pessoas não estariam do meu lado”, disse Statlander. “Mas, espero que, ao escolher um alvo grande, que é um inimigo em comum, as pessoas vejam que estou tentando derrubar o monstro. Espero estar trazendo as pessoas de volta para o meu lado aos poucos. Mas, novamente, entendo que eu não limpei as águas, e isso é algo que preciso fazer para que as pessoas vejam o bem em mim novamente.”
Statlander e Moné fazem parte de uma divisão feminina extremamente talentosa na AEW. Os fãs sempre buscam mais oportunidades para as mulheres na TV e nos pay-per-views. Serena Deep sugeriu um Torneio Clássico Continental Feminino, e Statlander apoia totalmente a ideia.
“Por que eu não gostaria de mais oportunidades como mulher no elenco feminino? Eu adoraria qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. O Torneio Clássico Continental é algo que não tínhamos antes. Não temos uma Battle Royal há muito tempo. Mais torneios, mais desafios, qualquer coisa. Sempre que as mulheres têm a chance de mostrar seu valor, nós sempre superamos as expectativas, e eu só quero fazer parte de tudo que for possível”, comentou Statlander.
Para 2025, a AEW realizará o evento All In no Texas. Statlander revelou que seu cenário ideal seria uma luta hardcore, no estilo street fight, com uso de armas e um estilo ‘Blood and Guts’. Ela não escolheu oponentes, pois existem muitas lutadoras que se destacam nesse tipo de luta. Além disso, ela mencionou que há planos em andamento para uma apresentação com uma banda que ela admira, mas não quis dar mais detalhes.
O AEW Worlds End será transmitido ao vivo em pay-per-view às 20h (horário do leste americano).
