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Mangá spin-off de Homem-Aranha, ‘Octo-Girl’, chega ao fim

Apesar de fazer referências claras a essa era dos quadrinhos, a série é autônoma e não exige conhecimento prévio do universo do Homem-Aranha para ser apreciada por fãs de animes e mangás.

Uma das séries spin-off mais peculiares e divertidas do Homem-Aranha, Spider-Man: Octo-Girl, chegou ao fim. O mangá, que trazia o Doutor Octopus preso no corpo de uma colegial, encerrou sua publicação com o capítulo 32, no qual o vilão volta ao seu corpo original.

Escrita por Hideyuki Furuhashi e ilustrada por Betten Court, a mesma dupla por trás de My Hero Academia: Vigilantes, a trama de Octo-Girl é uma homenagem aos quadrinhos de Superior Spider-Man, nos quais o Doutor Octopus assume o corpo do Homem-Aranha para tentar ser um herói ‘superior’. No entanto, a série inverte essa premissa, colocando o vilão em um ambiente escolar, onde ele precisa lidar com dramas adolescentes e garotas.

O mangá ganhou popularidade entre os fãs pela sua proposta inusitada, oferecendo uma nova perspectiva sobre o universo do Homem-Aranha e dando continuidade à redenção do Doutor Octopus, que tem se tornado mais heroico desde Superior Spider-Man. A versão japonesa do mangá pode ser lida no site da Shonen Jump+, enquanto a versão em inglês será lançada posteriormente pela Viz Media, que já disponibilizou o primeiro volume.

Em Spider-Man: Octo-Girl, Otto Octavius é transportado para o corpo de Otoha Okutamiya, em um cenário que remete à fase da história em que o Homem-Aranha se torna um empresário rico. Durante essa época, o Doutor Octopus ganha um novo corpo, resultado da combinação do seu corpo original com o de Peter Parker, e passa a usar um traje que o transforma no Superior Octopus.

O Doutor Octopus, com o traje de Superior Octopus, faz diversas aparições no mangá Octo-Girl. Peter Parker também surge usando seu traje tecnológico, o que sugere que os eventos da trama se passam nesse período específico dos quadrinhos. No entanto, devido ao fato de Otto estar em coma e à lógica onírica da premissa, a continuidade do mangá é um tanto vaga.

Apesar de fazer referências claras a essa era dos quadrinhos, a série é autônoma e não exige conhecimento prévio do universo do Homem-Aranha para ser apreciada por fãs de animes e mangás.

As vendas de quadrinhos, mesmo nos Estados Unidos, muitas vezes são superadas pelas de mangá. Para capitalizar esse mercado, a Marvel tem colaborado com criadores japoneses em mangás oficiais de seus heróis.

Além de Spider-Man: Octo-Girl, a Marvel também licenciou Spider-Man: Fake Red, Deadpool: Samurai e Marvel’s Secret Reverse. A Viz Media tem traduzido e distribuído os volumes desses mangás. Recentemente, a Viz também republicou a adaptação para mangá da série animada dos X-Men dos anos 90.

A Marvel já havia tentado entrar no mercado de mangás e animes no início dos anos 2000, criando o Marvel Mangaverse e a equipe de super-heróis Fugitivos, com o objetivo de atrair o público desse nicho. A DC Comics também tem criado mangás oficiais de seus personagens, como One Operation Joker e Superman vs. Meshi.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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