Ministério da Magia em Harry Potter: fãs questionam futuro de Harry e Hermione na nova série da HBO

A saga Harry Potter, amada por fãs de livros e filmes, sempre levantou debates sobre a moralidade de seu universo mágico. Um ponto central de discussão é o Ministério da Magia, retratado como um sistema corrupto que oprime outras espécies e luta para manter uma imagem pública positiva.

Apesar de personagens como Alvo Dumbledore, Harry Potter e Hermione Granger frequentemente criticarem o Ministério da Magia, a peça Harry Potter e a Criança Amaldiçoada revelou que Harry e Hermione acabaram ocupando cargos importantes lá. Com a nova série da HBO Max, há uma oportunidade de abordar essa questão, mantendo a fidelidade aos livros.

Inicialmente, o mundo mágico é apresentado de forma encantadora, mas à medida que a série avança, as falhas do Ministério da Magia se tornam evidentes. Vilões como Lord Voldemort são claros, mas o ministério não é exatamente o exemplo de “mocinhos” que se supõe.

Um exemplo dessa corrupção é a estátua que Harry vê ao visitar o Ministério, que representa um mago triunfante sobre um centauro, um duende e um elfo doméstico, ilustrando a discriminação do mundo mágico contra outras raças. Mesmo com essa representação negativa, Harry Potter e a Criança Amaldiçoada confirma que Harry e Hermione se juntaram ao ministério, sem detalhes sobre reformas internas.

A ambição de Harry em se tornar um auror surge em O Cálice de Fogo, e é reforçada em A Ordem da Fênix. Ele chega a frequentar as aulas necessárias para a qualificação de auror. Apesar de não retornar a Hogwarts no último ano e do controle dos Comensais da Morte sobre o ministério em Relíquias da Morte, a autora J.K. Rowling confirmou que Harry foi aceito no programa de auror após derrotar Voldemort. A Criança Amaldiçoada revela que, aos 39 anos, ele se tornou o chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia.

Entretanto, a decisão de Harry de se juntar ao ministério é questionável, visto que ele foi alvo de difamação e perseguição pelo próprio Ministério da Magia em A Ordem da Fênix. O ministro Cornélio Fudge se recusava a acreditar no retorno de Voldemort, e Dolores Umbridge chegou a orquestrar um ataque de dementadores para expulsá-lo de Hogwarts. Nem mesmo seu sucessor, Rufus Scrimgeour, foi um bom líder, usando Harry como propaganda.

Hermione Granger também sempre criticou o Ministério da Magia. Em O Cálice de Fogo, ela fundou a Sociedade para a Promoção do Bem-Estar dos Elfos (S.P.E.W.), contra a escravidão de elfos domésticos. Em Relíquias da Morte, Hermione expressa seu desprezo pelo ministério, preferindo fazer algo de bom para o mundo. No entanto, assim como Harry, ela acaba trabalhando para o ministério, no Departamento para Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas e chegando a ministra da magia aos 39 anos, conforme revelado em A Criança Amaldiçoada.

Muitos fãs acreditam que seria mais adequado Harry ter se tornado professor de Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts. Ele demonstrou talento para o ensino ao liderar a Armada de Dumbledore e sempre viu a escola como seu lar. Essa seria uma trajetória similar a de Dumbledore, que escolheu a carreira acadêmica em vez de um cargo no ministério.

A nova série da HBO Max, que promete ser fiel aos livros, tem a chance de abordar de forma mais satisfatória o futuro de Harry e Hermione. Se a série mantiver seus caminhos no ministério, seria crucial explorar as mudanças que ocorreram após os eventos dos livros. Seria interessante mostrar o ministério sob o comando de Kingsley Shacklebolt banindo leis de supremacia de sangue puro ou promovendo a libertação dos elfos domésticos.

A trama de Harry Potter é centrada na jornada de um jovem que descobre o mundo da magia e sua luta contra Lord Voldemort. Os desafios enfrentados por Harry o levam ao heroísmo, confrontando um dos bruxos mais perigosos de todos os tempos.