Novo Filme do Homem-Lobisomen: Leigh Whannell Aborda Temas de Isolamento e Terror
Antes da pandemia de COVID-19 fechar os cinemas, O Homem Invisível, de Leigh Whannell, chegou às salas com ótimas críticas e uma bilheteria fenomenal. Esse sucesso foi significativo porque adaptações modernas de clássicos monstros da Universal têm se mostrado mais frequentemente fracassadas do que bem-sucedidas. Nem mesmo Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, alcançou aclamação da crítica em seu lançamento. Já em termos de bilheteria, O Homem Invisível gerou US$ 70 milhões nos EUA em apenas três semanas, dez vezes o seu orçamento. Uma grande vitória para o lendário Whannell, que iniciou sua carreira na telona escrevendo e co-estrelando Jogos Mortais, em 2004, e não é surpresa que seu próximo projeto seja outro mergulho no universo de monstros da Universal: O Homem-Lobisomem.
Desde então, a produção de Whannell só se tornou mais impressionante, mostrando sua proficiência no gênero de terror. Após escrever as duas primeiras sequências de Jogos Mortais e as duas primeiras de Invocação do Mal, ele fez sua estreia na direção com o subestimado Insidious: Capítulo 3. Mas foi seu segundo filme, Upgrade, que mostrou Whannell como um verdadeiro mestre de filmes de gênero. Embora não seja estritamente um filme de terror, com inclinação para ação, ele apresentava elementos horríficos. De certa forma, era um filme de terror corporal focado na tecnologia.
Sobre os temas que inspiraram o próximo filme do lobisomem, Whannell disse em um vídeo recém-lançado: “Após os últimos anos de turbulência que o mundo enfrentou, os temas de isolamento, pavor e ansiedade surgiram naturalmente no roteiro.” Esses elementos são de grande ajuda para qualquer narrativa de terror e, como pode ser visto no trailer de O Homem-Lobisomem, os poucos personagens que acompanhamos estão completamente sozinhos em uma fazenda isolada. Adicione a isso um marido passando por uma transformação horrível, e a tensão para sua família será insuportável.
Quanto às inspirações cinematográficas, Whannell considera O Homem-Lobisomem uma homenagem aos clássicos de terror dos anos 80 com os quais ele e muitos outros cresceram. Como se pode imaginar, dada a localização isolada do filme e o aspecto da transformação, ele menciona A Coisa, de John Carpenter, e A Mosca, de David Cronenberg. Seu objetivo é semelhante ao que essas duas obras-primas conseguiram: “Eu queria me inclinar para algo horrível. Algo visceral. Você pode realmente mergulhar fundo no subconsciente de alguém com um filme de terror, e acho que fazemos isso com este filme.”
Essas são palavras tranquilizadoras para quem temia que o filme fosse um fracasso por conta da estreia do monstro na Universal's Halloween Horror Nights 2024. Whannell rapidamente dissipou essas preocupações ao declarar que o design era um “desastre” e “como julgar a maquiagem do Freddy Krueger por uma fantasia da Spirit Halloween”. De qualquer forma, teremos que esperar para ver se Whannell criou outro clássico de terror moderno como O Homem Invisível.
O Homem-Lobisomem chega aos cinemas em 17 de janeiro.