O teaser trailer de Superman (2025) causou um grande impacto, quebrando recordes da Warner Bros. e da DC. A expectativa dos fãs era alta desde o anúncio de que James Gunn, conhecido pela trilogia Guardiões da Galáxia, seria o roteirista e diretor do novo filme do Homem de Aço. O trailer confirmou que a espera valeu a pena. Gunn revelou que se inspirou em quadrinhos como All-Star Superman. No entanto, a presença de personagens como Guy Gardner, Metamorfo e Maxwell Lord, e o estilo de humor e interação entre personagens, sugere outra influência: Liga da Justiça Internacional.
A Liga da Justiça Internacional inovou ao reunir heróis menos conhecidos, criando a chamada “Era Bwa-Ha-Ha” da Liga da Justiça, com humor e personagens expressivos do artista Kevin Maguire. Vários personagens importantes dessa fase, como Guy Gardner, Metamorfo e Maxwell Lord, estão confirmados em Superman (2025), indicando uma clara influência do estilo de Gunn.
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A equipe surgiu após o evento Lendas de 1986, onde heróis se uniram para enfrentar o monstro Brimstone. A nova formação da Liga, com Batman, Caçador de Marte e Canário Negro, além de novos membros como Shazam, Guy Gardner, Besouro Azul, entre outros, foi financiada pelo empresário Maxwell Lord. Os roteiristas J.M. DeMatteis e Keith Giffen estabeleceram um tom cômico na série, com destaque para o icônico momento em que Batman nocauteia Guy Gardner com um soco, cena que virou meme entre os fãs.
A série passou a se chamar Liga da Justiça Internacional a partir da edição sete, com novas adições ao time, incluindo Homem-Elástico e sua esposa Sue, Rocket Red, Fogo, Gelo, Capitão Átomo, Besouro Azul, e Maxwell Lord. Diferente das histórias anteriores da Liga, focadas em grandes eventos, essa fase se tornou uma comédia com elementos de novela, explorando as relações entre os personagens. Fogo e Gelo, por exemplo, tornaram-se melhores amigas, enquanto Besouro Azul e Gladiador Dourado formaram uma dupla cômica.
Apesar das batalhas contra vilões como Despero, o desenvolvimento dos personagens e o humor eram os pontos fortes da revista. As amizades entre Fogo e Gelo e Besouro Azul e Gladiador Dourado se tornaram clássicas na DC. O relacionamento entre Guy Gardner e Gelo, considerado improvável, também ganhou destaque. Personagens como o Lanterna Verde G'Nort e o guerreiro intergaláctico Manga Khan adicionaram mais humor à trama. O estilo de Kevin Maguire, com suas expressões faciais e layouts de página, tornou as piadas ainda mais engraçadas.
James Gunn é conhecido por pegar grupos de heróis com personalidades conflitantes e transformá-los em famílias unidas por brigas, insultos e afeto. A Liga da Justiça Internacional, assim como os Guardiões da Galáxia e a equipe do Pacificador, tinham laços fortes apesar das desavenças. Embora Superman (2025) não seja uma comédia pastelão, a influência da Liga da Justiça Internacional será notável, especialmente na forma como Gunn usará o humor e o desenvolvimento dos personagens.
A participação de Maxwell Lord no filme parece ser similar à dos quadrinhos, um empresário que trabalha com heróis. Nathan Fillion, que interpreta Guy Gardner, já demonstra a mesma atitude do personagem nas cenas do trailer. Para os fãs ansiosos por Superman (2025), conhecer Liga da Justiça Internacional pode ser uma ótima forma de entender como a DC pode ser quando está nas mãos de criadores que pensam como James Gunn.
Superman é um dos personagens fictícios mais importantes do século XX. Sua popularidade deu origem a toda uma nova mitologia de super-heróis. Mesmo após mais de 80 anos, o Homem de Aço continua sendo um ícone, e seu retorno aos cinemas em Superman: Legacy (2025) está gerando grande expectativa.
Ao longo de décadas, Superman protagonizou muitas histórias em quadrinhos. Para novos fãs, algumas das histórias mais antigas podem ser difíceis de acompanhar devido às muitas mudanças na mitologia do personagem. As histórias modernas, iniciadas após Crise nas Infinitas Terras em meados dos anos 80, são um ótimo ponto de partida, com tramas que definem o Superman e o que ele representa.
Action Comics (Vol. 2) #1-18 e #0 são um dos destaques da fase Novos 52 da DC, um reboot que chamou a atenção inicialmente, mas que perdeu força com o tempo. O roteirista Grant Morrison, junto com os artistas Rags Morales, Andy Kubert e outros, contou a história dos primeiros dias do Superman nesta nova fase. Morrison combinou o homem do povo da era da Depressão com as ideias mais modernas do personagem, criando uma versão brilhante de Superman. Sua narrativa abordou um inimigo misterioso, explorando as diferentes facetas do herói, incluindo os seres da 5ª dimensão. A edição #9, que apresenta a versão Calvin Ellis de Superman, é considerada uma das mais inteligentes análises da história do personagem. As artes de Morales e dos outros artistas complementam o roteiro, capturando o poder e a emoção do Superman.
Superman: Identidade Secreta, de Kurt Busiek e Stuart Immonen, também merece destaque. Busiek se inspirou na ideia de Superboy-Prime, um Superman de uma realidade alternativa. A história explora como seria se alguém como o Superman existisse no mundo real e como isso afetaria o indivíduo. Busiek e Immonen trabalham em harmonia para retratar tanto os grandes momentos do personagem quanto os mais pessoais. Identidade Secreta é única, com temas sobre poder, humanidade, amor e família que ecoam nos leitores.
Superman e a Legião dos Super-Heróis, de Geoff Johns e Gary Frank, reconectou o Superman com seu passado como Superboy e membro da Legião dos Super-Heróis. Após a Crise Infinita, a DC decidiu trazer de volta alguns elementos da cronologia pré-Crise, e Johns aproveitou para restabelecer o passado do Superman como membro da Legião. O Homem de Aço é levado para o futuro para ajudar seus amigos contra o vilão Earth-Man. A história destaca a importância da Legião para o universo do Superman e a habilidade de Johns em combinar ideias clássicas com uma abordagem moderna.
Superman: Último Filho, de Geoff Johns e Richard Donner, retrata o confronto do Superman contra o General Zod e os criminosos da Zona Fantasma, adaptando elementos de Superman II. A história começa com o Superman encontrando um garoto com poderes similares aos seus e que fala kryptoniano. O ritmo da narrativa é frenético, com um novo Bizarro a serviço de Lex Luthor e o retorno de Zod, Ursa e Non. O confronto leva os leitores até a Zona Fantasma. O roteiro de Donner é excelente, e a arte de Adam Kubert eleva a história a outro patamar, com páginas que capturam a força e emoção da luta. A batalha do Superman contra Zod nunca alcançou o nível de Último Filho.
Superman: Saga do Mundo Bélico, de Phillip Kennedy Johnson, é uma das melhores histórias do Superman no século XXI. A trama aborda o Superman com seus poderes enfraquecidos, decidindo partir para uma última missão: enfrentar Mongul e seu Mundo Bélico. Johnson e os artistas Daniel Sampere, Miguel Mendonca e outros, criaram uma saga épica com Superman se tornando um gladiador e líder de uma revolução contra os ensinamentos violentos de Mongul. A história explora o Superman como um símbolo de esperança e um líder, mantendo os leitores à beira de seus assentos.
Em 1986, a minissérie O Homem de Aço, de John Byrne, foi responsável por reformular a história do Superman após a Crise nas Infinitas Terras. Byrne estabeleceu um novo Krypton, eliminou o passado do Superman como Superboy e o transformou no americano ideal. A série introduziu Lex Luthor como um empresário ganancioso dos anos 80. Apesar de algumas mudanças não serem mais canônicas, O Homem de Aço continua sendo uma das melhores histórias de origem do Superman.
A Morte do Superman, de 1992-1993, foi um evento que mudou a história dos quadrinhos. A ideia surgiu de um brainstorming anual dos roteiristas de Superman. A ideia de matar o Superman surgiu como forma de mostrar sua importância. O evento uniu os talentos de Dan Jurgens, Jerry Ordway, Louise Simonson e outros para colocar o Superman contra o vilão Apocalipse. Embora a utilização de um vilão sem nenhuma relação com o Superman tenha sido questionada, Apocalipse se tornou um grande adversário para o Homem de Aço, representando a destruição contra o símbolo de esperança.
Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross, é considerada uma das maiores histórias da DC dos anos 90. A trama se passa em um futuro onde heróis mais violentos substituíram os antigos. A história aborda o significado do Superman para os quadrinhos. A aposentadoria do Superman, após a morte de Lois Lane e o apoio da população a Magog, um herói que matou o Coringa, é um evento importante da trama. O retorno do Superman é o ponto de partida para a sua luta para ensinar a nova geração o verdadeiro significado de ser um herói.
Superman: Lá no Alto, de Tom King e Andy Kubert, segue o Superman em uma jornada interestelar para resgatar uma menina sequestrada. A história explora a razão pela qual o Superman deixaria tudo para salvar uma criança e o segue superando obstáculos impossíveis, incluindo seus próprios medos. O roteiro de King acerta em cheio o personagem, enquanto a arte de Kubert é um espetáculo visual.
All-Star Superman, de Grant Morrison e Frank Quitely, é uma história em 12 edições que segue o Superman enquanto ele enfrenta sua mortalidade, as maquinações de Lex Luthor e as Doze Provas do Superman. A obra é um ponto de partida ideal para novos leitores, combinando ideias de várias fases do Superman. Morrison é uma das vozes mais importantes da DC, e seu Superman é impecável, a versão mais completa do personagem. A arte de Quitely é simplesmente excepcional, transformando a história em uma experiência visual única.