Novo ‘Nosferatu’ não terá cena pós-créditos e mantém fidelidade ao clássico
O remake de Nosferatu, dirigido por Robert Eggers, chegou aos cinemas e tem gerado discussões entre críticos e cinéfilos. A nova versão do clássico do terror em preto e branco mantém a essência da obra original, mas com algumas mudanças pontuais.
Muitos se perguntam se o filme segue a tendência moderna de cenas pós-créditos. Para a alegria dos fãs de uma experiência mais clássica, Nosferatu não possui cenas extras após o término da exibição, mantendo-se fiel ao estilo dos filmes de terror mais antigos.
A trama do novo Nosferatu segue a mesma linha da versão de 1922, que por sua vez, foi uma adaptação não oficial do romance Drácula, de Bram Stoker. Os nomes dos personagens foram alterados (Jonathan Harker, Mina Harker e Conde Drácula viraram Thomas Hutter, Ellen Hutter e Conde Orlok) devido a questões de direitos autorais na época. No entanto, a história central é a mesma, com as devidas adaptações.
A versão de 2024 apresenta algumas diferenças em relação ao filme original. O personagem Albin Eberhart von Franz, interpretado por Willem Dafoe, tem um papel mais ativo na trama. No desfecho, von Franz e Ellen Hutter percebem que esta última deve se sacrificar para derrotar a maldição de Orlok. Ellen se oferece voluntariamente e, quando Thomas Hutter retorna para casa, o sol nasce e destrói Orlok. Von Franz então lamenta a perda, destacando o sacrifício de Ellen.
A ausência de cenas pós-créditos é um diferencial, pois essa prática se tornou comum em filmes atuais, especialmente nos de super-heróis, como os da Marvel, que popularizaram essa ideia desde o lançamento de Homem de Ferro, em 2008, com Robert Downey Jr. Contudo, Nosferatu optou por um final tradicional, sem cenas extras, o que é uma mudança bem-vinda em meio a tantos filmes que tentam criar universos cinematográficos expandidos.
Apesar do sucesso de Nosferatu, uma sequência direta parece improvável, já que o romance original de Drácula e o Nosferatu de 1922 não tiveram continuações diretas. No entanto, é possível que surjam outros filmes de terror inspirados pelo estilo gótico e romântico da nova produção. O longa de Robert Eggers resgata elementos clássicos do terror, como a atmosfera tensa e a construção de personagens, em vez de focar em sustos repentinos. A resposta do público e da crítica a Nosferatu pode abrir caminho para que mais filmes desse estilo sejam produzidos, revivendo os monstros clássicos do cinema de terror.
E, falando em clássicos, o diretor Robert Eggers também foi cotado para dirigir o remake do filme musical de fantasia Labirinto, de 1986, em parceria com a Sony Pictures e a Jim Henson Company. O filme original, dirigido por Henson e estrelado por David Bowie e Jennifer Connelly, conta a história de Sarah, que precisa resgatar seu irmão caçula do Rei dos Goblins, em um labirinto mágico. Embora não tenha feito sucesso em seu lançamento original, Labirinto se tornou um clássico cult com o tempo, e o estilo de Eggers pode ser uma combinação interessante para uma nova versão do filme. Várias tentativas de sequência para *Labirinto* foram feitas, mas nenhuma foi concretizada até agora.