HQs

O Retorno de ‘Mestres do Universo’ nos Quadrinhos: Uma Análise da Nova Série de 2004

Em 2004, enquanto a onda de revivals dos anos 80 começava a desacelerar, a franquia Mestres do Universo lançava uma nova série em quadrinhos. A MV Creations, que havia adquirido os direitos da saga no início da década, enfrentou desafios após a editora Crossgen, com quem planejava parceria, fechar as portas pouco tempo depois do acordo.

A Crossgen, conhecida pela alta qualidade de suas produções e por atrair talentos da Marvel e DC, não conseguiu manter as vendas necessárias para sua sobrevivência. Assim, após publicar apenas algumas edições, a MV Creations decidiu seguir de forma independente, lançando uma nova série de Mestres do Universo.

A estreia não ocorreu no melhor momento, já que o interesse do público em títulos nostálgicos havia diminuído e a animação “200x”, que serviu de base para a HQ, teve seu último episódio exibido no Cartoon Network em janeiro de 2004. O primeiro número da série, lançado em abril de 2004, não se apresentou como um novo começo, mas sim como uma continuação das histórias estabelecidas em minisséries anteriores.

Emiliano Santalucia retornou como artista, agora creditado também como co-roteirista ao lado de Val Staples. A função de diálogo ficou a cargo de Lori Ann Scott, em seu único crédito conhecido nos quadrinhos. A presença de vários criadores na história parece ter gerado problemas, com momentos fora de cena que precisaram ser explicados nos diálogos.

O trabalho de Santalucia, embora respeitado por parte dos fãs de Mestres do Universo, não apresenta grandes destaques nessas edições iniciais. O traço não transmite a personalidade dos personagens, e há problemas na ordem de leitura dos painéis em algumas páginas. Santalucia parece se sair melhor com personagens como Esqueleto e outros monstros da saga; as cenas mais calmas com Príncipe Adam não conseguem transmitir o que o roteiro pretendia.

A primeira edição começa com Maligna levando Conde Marzo ao Poço das Trevas, planejando ressuscitar Hordak, que estava preso no reino de Despondos. O objetivo seria que Hordak se vingasse de Esqueleto, que havia irritado Maligna. Conde Marzo, personagem da animação original, é apresentado sem uma introdução, presumindo que os leitores já o conheçam. Além disso, Rei Hiss e seus Homens-Serpente também surgem de forma abrupta, sem uma explicação clara para quem não acompanha a continuidade da série.

Nos últimos episódios da animação, a série foi renomeada como Mestres do Universo vs. Os Homens-Serpente, com um novo visual para He-Man e com o Rei Hiss como principal vilão. A HQ acabou coincidindo com essa mudança na animação.

A primeira aparição de He-Man na nova série acontece apenas na quinta página, de costas para o leitor. Ele encontra os Homens-Serpente tentando impedir o plano de Maligna e Marzo. Depois de despachar Rei Hiss e seus capangas, He-Man impede a ressurreição de Hordak, esmagando um obelisco. Maligna é atingida pela explosão, e Marzo aproveita para agredi-la, em uma cena que seria censurada em desenhos animados. A partir daí, a HQ explora os sentimentos de culpa de He-Man pelo que aconteceu com Maligna.

Em Mestres do Universo #2, Príncipe Adam convence Mentor a procurar a Feiticeira de Grayskull para salvar Maligna. Este é o foco principal do personagem nesta edição. Enquanto isso, Rei Hiss propõe um acordo com o Homem Sem Rosto (pai de Maligna), oferecendo controle sobre o deus serpente Serpos em troca do resgate de Maligna. O Homem Sem Rosto recusa e pede ajuda a Esqueleto, que, irritado com Maligna, a quer morta ou viva.

Na terceira edição, Adam e Mentor levam Maligna inconsciente ao Castelo de Grayskull, descobrindo que ela foi envenenada pelo espírito de Despondos. A Feiticeira não consegue curá-la, e Adam começa a pensar se Esqueleto poderia ajudá-los. Enquanto isso, o Homem Sem Rosto faz um novo acordo com Rei Hiss, oferecendo o poder de controlar Serpos em troca da captura de Maligna e Esqueleto. Os Homens-Serpente invadem a Montanha da Serpente, e Rei Hiss sai vitorioso, posando com o Cajado do Caos.

He-Man permanece como Príncipe Adam, enquanto a Feiticeira tenta uma cirurgia psíquica em Maligna. Os vilões seguem formando alianças e planejando, enquanto a trama avança lentamente, o que pode ter desanimado os fãs, especialmente em uma época de forte concorrência no mercado de quadrinhos.

Em 2004, enquanto a onda de revivals dos anos 80 começava a desacelerar, a franquia Mestres do Universo lançava uma nova série em quadrinhos. A MV Creations, que havia adquirido os direitos da saga no início da década, enfrentou desafios após a editora Crossgen, com quem planejava parceria, fechar as portas pouco tempo depois do acordo.

A Crossgen, conhecida pela alta qualidade de suas produções e por atrair talentos da Marvel e DC, não conseguiu manter as vendas necessárias para sua sobrevivência. Assim, após publicar apenas algumas edições, a MV Creations decidiu seguir de forma independente, lançando uma nova série de Mestres do Universo.

A estreia não ocorreu no melhor momento, já que o interesse do público em títulos nostálgicos havia diminuído e a animação “200x”, que serviu de base para a HQ, teve seu último episódio exibido no Cartoon Network em janeiro de 2004. O primeiro número da série, lançado em abril de 2004, não se apresentou como um novo começo, mas sim como uma continuação das histórias estabelecidas em minisséries anteriores.

Emiliano Santalucia retornou como artista, agora creditado também como co-roteirista ao lado de Val Staples. A função de diálogo ficou a cargo de Lori Ann Scott, em seu único crédito conhecido nos quadrinhos. A presença de vários criadores na história parece ter gerado problemas, com momentos fora de cena que precisaram ser explicados nos diálogos.

O trabalho de Santalucia, embora respeitado por parte dos fãs de Mestres do Universo, não apresenta grandes destaques nessas edições iniciais. O traço não transmite a personalidade dos personagens, e há problemas na ordem de leitura dos painéis em algumas páginas. Santalucia parece se sair melhor com personagens como Esqueleto e outros monstros da saga; as cenas mais calmas com Príncipe Adam não conseguem transmitir o que o roteiro pretendia.

A primeira edição começa com Maligna levando Conde Marzo ao Poço das Trevas, planejando ressuscitar Hordak, que estava preso no reino de Despondos. O objetivo seria que Hordak se vingasse de Esqueleto, que havia irritado Maligna. Conde Marzo, personagem da animação original, é apresentado sem uma introdução, presumindo que os leitores já o conheçam. Além disso, Rei Hiss e seus Homens-Serpente também surgem de forma abrupta, sem uma explicação clara para quem não acompanha a continuidade da série.

Nos últimos episódios da animação, a série foi renomeada como Mestres do Universo vs. Os Homens-Serpente, com um novo visual para He-Man e com o Rei Hiss como principal vilão. A HQ acabou coincidindo com essa mudança na animação.

A primeira aparição de He-Man na nova série acontece apenas na quinta página, de costas para o leitor. Ele encontra os Homens-Serpente tentando impedir o plano de Maligna e Marzo. Depois de despachar Rei Hiss e seus capangas, He-Man impede a ressurreição de Hordak, esmagando um obelisco. Maligna é atingida pela explosão, e Marzo aproveita para agredi-la, em uma cena que seria censurada em desenhos animados. A partir daí, a HQ explora os sentimentos de culpa de He-Man pelo que aconteceu com Maligna.

Em Mestres do Universo #2, Príncipe Adam convence Mentor a procurar a Feiticeira de Grayskull para salvar Maligna. Este é o foco principal do personagem nesta edição. Enquanto isso, Rei Hiss propõe um acordo com o Homem Sem Rosto (pai de Maligna), oferecendo controle sobre o deus serpente Serpos em troca do resgate de Maligna. O Homem Sem Rosto recusa e pede ajuda a Esqueleto, que, irritado com Maligna, a quer morta ou viva.

Na terceira edição, Adam e Mentor levam Maligna inconsciente ao Castelo de Grayskull, descobrindo que ela foi envenenada pelo espírito de Despondos. A Feiticeira não consegue curá-la, e Adam começa a pensar se Esqueleto poderia ajudá-los. Enquanto isso, o Homem Sem Rosto faz um novo acordo com Rei Hiss, oferecendo o poder de controlar Serpos em troca da captura de Maligna e Esqueleto. Os Homens-Serpente invadem a Montanha da Serpente, e Rei Hiss sai vitorioso, posando com o Cajado do Caos.

He-Man permanece como Príncipe Adam, enquanto a Feiticeira tenta uma cirurgia psíquica em Maligna. Os vilões seguem formando alianças e planejando, enquanto a trama avança lentamente, o que pode ter desanimado os fãs, especialmente em uma época de forte concorrência no mercado de quadrinhos.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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