Os 10 melhores trabalhos de criadores de quadrinhos eleitos pelos fãs
Após mais de 1.050 votos, os fãs elegeram os melhores trabalhos de criadores de quadrinhos de todos os tempos. Esta é a quinta vez que a votação é realizada, seguindo um cronograma de quatro anos. Os participantes enviaram suas listas com suas 10 obras favoritas, com pontuação de 10 a 1, e os resultados foram somados para criar o ranking final.
10. Chris Claremont (X-Men pós-Cockrum) – 980 pontos (17 votos em 1º lugar)
A fase de Chris Claremont em Uncanny X-Men, após a saída de John Byrne, marcou uma era de ouro para a revista. A chegada do desenhista Paul Smith elevou o nível da arte, com grande atenção aos detalhes e emoções dos personagens. Destaque para a saga do casamento de Wolverine, considerada uma das mais aclamadas do período, com arte de Smith e roteiro de Claremont que aproveitou ao máximo as habilidades do desenhista.
Após a saída de Smith, John Romita Jr. assumiu os desenhos, com um estilo mais sombrio, que se encaixou com as histórias mais pesadas do roteirista, como a época em que Kitty usa um termo racista, Professor X quase é morto, Magneto lidera a equipe e Wolverine esfaqueia Rachel. Em seguida, Marc Silvestri assumiu, com um estilo experimental. Silvestri dividiu a função com Rich Leonardi e ficou conhecido por seu trabalho na fase “A Queda dos Mutantes”, quando os X-Men são dados como mortos e vão morar na Austrália, até a saga “Inferno”. Após a saída de Silvestri, Jim Lee revitalizou a equipe com seu estilo dinâmico, e a adição de Gambit, Psylocke asiática e Jubilee, mas acabou por sair da equipe por diferenças criativas com Claremont.
Claremont também escreveu a aclamada graphic novel *Deus Ama, o Homem Mata*, com arte de Brent Anderson, que abordava o preconceito anti-mutante. Sua passagem em *Uncanny X-Men* transformou a revista em uma das mais populares dos quadrinhos.
9. Marv Wolfman e George Perez (Novos Titãs) – 1066 pontos (23 votos em 1º lugar)
Marv Wolfman deixou a Marvel após uma disputa contratual e levou o estilo da Marvel para a DC, unindo-se a George Perez para criar os *Novos Titãs*. A dupla introduziu novos personagens como a alienígena Estelar, o ciborgue Ciborgue e a meio-demônio Ravena, junto aos veteranos Robin, Moça-Maravilha e Kid Flash, e criou uma das equipes mais marcantes da história dos quadrinhos.
A arte detalhada de Perez e a trama com elementos de novela de Wolfman fizeram dos *Novos Titãs* um sucesso de vendas, chegando a superar *X-Men* em determinado momento. Na segunda edição, foi introduzido o vilão Exterminador. A equipe cresceu com a adição de Terra e Jericho, filho do Exterminador. Um exemplo da força dramática da série é a história sobre jovens envolvidos em um esquema de drogas, que rendeu uma edição especial contra as drogas, distribuída em escolas.
Wolfman e Perez lançaram uma nova revista dos Titãs, mas Perez saiu para trabalhar em *Crise nas Infinitas Terras*. Perez retornou quatro anos depois para um breve reencontro com a equipe.
8. Walter Simonson (Thor) – 1099 pontos (15 votos em 1º lugar)
Walter Simonson causou impacto logo em sua estreia em *Thor*, quebrando o antigo logo da revista e apresentando um novo na edição seguinte. Além disso, ele introduziu o personagem Beta Ray Bill, um alienígena digno de empunhar o martelo Mjolnir. Simonson utilizou sua grande experiência em mitologia nórdica para criar histórias sérias e fiéis à cultura, e com sua arte dinâmica e estilizada. Durante sua fase, destacam-se a luta entre Odin e Surtur e a saga em que as almas de humanos ficam presas em Hel, onde o Executor se sacrifica para salvar os outros.
Após sua saída como desenhista, Sal Buscema assumiu o posto, enquanto Simonson continuou a história, com Thor cada vez mais ferido e usando armadura e barba para esconder as cicatrizes e com uma nova identidade secreta. Sua passagem concluiu com uma trama ambiciosa com o Destruidor e a Serpente de Midgard. É importante destacar o trabalho de John Workman nas letras da série.
7. Grant Morrison, Howard Porter e John Dell (Liga da Justiça) – 16 votos em 1º lugar
Grant Morrison revolucionou a Liga da Justiça (JLA), resgatando a ideia de uma equipe com os principais heróis da DC, como Batman, Mulher-Maravilha, Superman e Lanterna Verde. As histórias de Morrison, com arte de Howard Porter e John Dell, são épicos com ação em larga escala, remetendo à Era de Prata dos quadrinhos. Um dos destaques foi o uso do Superman Azul, que se tornou um momento marcante da série. Morrison criou uma nova era de ouro para a Liga, que passou a ser a revista mais popular da DC.