Série ‘Ruptura’ tem mistério da linha do tempo e reviravolta chocante na 2ª temporada
A série Ruptura (Severance, no original) da Apple TV+, conhecida por sua trama enigmática, continua a desafiar os espectadores com novos mistérios na sua segunda temporada. Uma das grandes questões que a produção evita responder é em que época a história se passa, adicionando uma camada extra de suspense à narrativa.
A atmosfera da Lumon Industries, empresa central na trama, remete a um espaço atemporal, quase como um limbo digital. Enquanto a tecnologia da divisão de personalidades entre vida profissional e pessoal sugere um futuro avançado, os computadores da empresa parecem ter saído diretamente dos anos 80. Essa mistura de elementos gera um ar de estranheza que intriga o público.
Na primeira temporada, a carteira de motorista de Mark (Adam Scott) indicava seu nascimento em 1978 e uma data de 2020, sem esclarecer se era de emissão ou validade. Já no primeiro episódio da segunda temporada, um detalhe em um jornal fictício, The Kier Chronicle, sugere que a história se passa em 2035. O jornal, com número de edição 51.903 e fundado em 1893, sugere essa data caso fosse uma publicação diária.
O criador da série, Dan Erickson, já declarou que a produção não se passa em um futuro distante, mas em um presente alternativo. Essa declaração contrasta com a informação do jornal, mas reforça a ideia de que a linha do tempo é intencionalmente ambígua, com uma estética que mistura elementos retrô com outros mais modernos.
A tecnologia na Lumon é propositalmente datada, com computadores antigos e sem acesso à internet, enquanto o mundo exterior apresenta carros antigos e telefones públicos, contrastando com celulares touchscreen e elementos de decoração contemporâneos. Essa dualidade reforça a sensação de que os funcionários da empresa estão presos em um ciclo temporal, apesar da aparente progressão do mundo externo.
A falta de clareza sobre a linha do tempo é um dos aspectos que tornam Ruptura tão envolvente. Essa atemporalidade proposital intensifica o mistério e a sensação de desorientação, tanto para os personagens quanto para o público. A série joga com as expectativas dos espectadores, criando uma experiência única.
Além do mistério da linha do tempo, a segunda temporada trouxe uma grande reviravolta: a confirmação de que Helly (Britt Lower), na verdade, é Helena Eagan disfarçada. A teoria, que já circulava entre os fãs, ganhou força após o segundo episódio, quando a personagem retornou ao andar da divisão sem o habitual sinal do elevador. Essa revelação sugere que Helena pode estar infiltrada para espionar seus colegas de trabalho, o que pode trazer ainda mais reviravoltas e mistérios nos próximos episódios.
No final da primeira temporada, Helly havia se revelado como Helena, da família Eagan, e a segunda temporada começa a mostrar que ela está de volta à empresa, aparentemente, sem a divisão de personalidades. Essa trama ganha ainda mais complexidade quando Helena convence Cobel (Patricia Arquette) a aceitar um novo emprego na Lumon, além de insistir que Mark volte ao trabalho para finalizar o arquivo “Cold Harbor”, relacionado à esposa dele.
Os episódios da segunda temporada de Ruptura são lançados semanalmente, todas as sextas-feiras na Apple TV+, com o final da temporada programado para 21 de março. A primeira temporada também está disponível na plataforma.