Streaming público e gratuito com produções nacionais deve ser lançado em 2025
O sucesso de filmes como Ainda Estou Aqui, que alcançou grande bilheteria, demonstra o crescente interesse do público por produções brasileiras, impulsionando a relevância do Tela Brasil.
O Brasil se prepara para entrar de vez na era dos streamings com uma proposta inovadora: o Tela Brasil, um serviço público e gratuito focado em produções audiovisuais nacionais. A iniciativa, liderada pelo Ministério da Cultura, visa democratizar o acesso a filmes e séries brasileiras, especialmente aquelas que circulam em festivais ou são produções independentes.
Com um investimento inicial de R$ 4,2 milhões, o projeto tem como objetivo licenciar 447 obras audiovisuais. A previsão é que o streaming público seja lançado gradualmente no segundo semestre de 2025, oferecendo ao público uma vasta gama de conteúdos nacionais.
Segundo Samuel Possebon, especialista em audiovisual e editor do portal Tela Viva, a iniciativa é um passo importante para democratizar o acesso a conteúdos produzidos com recursos públicos. “Tornar esses conteúdos disponíveis em plataformas de internet é um bom caminho para devolver à sociedade o que ela investiu, via impostos, na produção audiovisual nacional”, explica.
Possebon também alerta para os desafios na criação de uma plataforma de streaming, como o alto custo de investimento tecnológico e operação. Superar esses obstáculos é fundamental para o sucesso do Tela Brasil.
A iniciativa ganha força em um momento crucial, com dois projetos de lei (PL) no Congresso Nacional que visam regulamentar as plataformas digitais de vídeo sob demanda (VOD). O foco é garantir que os streamings atuantes no Brasil valorizem e priorizem a produção independente nacional.
O sucesso de filmes como Ainda Estou Aqui, que alcançou grande bilheteria, demonstra o crescente interesse do público por produções brasileiras, impulsionando a relevância do Tela Brasil.
Em resumo, o streaming público surge como uma promissora ferramenta para impulsionar a indústria audiovisual brasileira e garantir que um público mais amplo tenha acesso à riqueza da produção nacional.
