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The Last of Us: Série da HBO pode ter fim na terceira temporada, diz site

A segunda temporada de The Last of Us, da HBO, é uma das mais aguardadas para 2025. A série tem a difícil missão de superar a aclamação da primeira temporada, adaptando o jogo The Last of Us: Part II, que também foi um sucesso de crítica. Essa adaptação continuará, no mínimo, até a terceira temporada, com filmagens logo após o término da segunda e possível estreia em 2026.

No entanto, um anúncio recente da Naughty Dog, criadora dos jogos, pode indicar que a série pode terminar já na terceira temporada. Mas será que este é o melhor caminho? The Last of Us pode continuar além da terceira temporada? Se sim, como seria?

O possível fim na terceira temporada

The Last of Us é, essencialmente, a adaptação de dois jogos aclamados. Isso significa que a série tem um limite de material antes de entrar em território desconhecido. Fãs da série e dos jogos estavam ansiosos por novidades da Naughty Dog. No The Game Awards 2024, a empresa anunciou Intergalactic: The Heretic Prophet, um jogo de ficção científica estrelado por Tati Gabrielle, que também estará na segunda temporada de The Last of Us e no novo Mortal Kombat. Apesar de não ser o esperado The Last of Us: Part III, a ausência do anúncio levanta a possibilidade de que o desenvolvimento do jogo possa estar aguardando a conclusão de Intergalactic, o que indica uma longa espera.

Com a HBO produzindo rapidamente a terceira temporada, é provável que a adaptação de Part II termine antes do lançamento de Intergalactic. Caso a HBO estique Part II para uma quarta temporada, pode ser arriscado diluir demais o conteúdo do jogo de 24 horas. Se Part III não estiver nos planos, o final da adaptação de Part II parece ser um encerramento adequado para a série e a franquia dos jogos.

A série como uma continuação da história

A ausência de material para adaptar não impede que a série continue. Neil Druckmann, cocriador dos jogos, continua como showrunner ao lado de Craig Mazin, e está envolvido na escrita da segunda temporada, com Halley Gross, coguionista de Part II. Com Druckmann mantendo seu envolvimento, é possível que ele continue sua visão da história sem um terceiro jogo, transformando as temporadas seguintes em um equivalente a Part III. No entanto, isso poderia gerar controvérsia entre os fãs dos jogos, já que The Last of Us começou como uma franquia de games. A produção de jogos é cara e demorada, o que torna a televisão uma alternativa mais rápida e econômica para produzir mais conteúdo.

Essa ideia pode gerar ansiedade, lembrando Game of Thrones, cuja história superou os livros de George R.R. Martin, resultando em finais controversos. Para evitar isso, o envolvimento de Druckmann na tomada de decisões narrativas seria crucial. Além disso, aspectos de Part II podem ser adaptados para criar uma continuação. A série teria que lidar com a frustração dos fãs que gostariam de jogar essas histórias antes de vê-las na TV, o que não é uma tarefa fácil.

Spin-offs como alternativa

Outra opção é a produção de spin-offs. O mundo de The Last of Us oferece diversas possibilidades de histórias além de Joel e Ellie. Após o episódio “Long, Long Time”, muitos fãs quiseram saber mais sobre Bill e Frank. A HBO poderia desenvolver séries focadas em diferentes personagens, como Henry e Sam, Joel, Tommy e Tess, ou até mesmo antagonistas como o grupo de David. Há também a possibilidade de contar histórias com personagens novos.

The Walking Dead é um exemplo de franquia que se aproveitou de spin-offs, com histórias de personagens queridos e novas, explorando diferentes épocas e lugares. As séries derivadas de The Walking Dead mantiveram a franquia relevante por mais de 20 anos. A HBO precisaria garantir que cada spin-off de The Last of Us tenha valor e peso, evitando que o universo se torne excessivo. Cada spin-off deveria ser autônomo, sem depender muito da série principal, como Fear the Walking Dead fez antes de se cruzar com a série original.

Uma última opção seria a HBO esperar o lançamento de Part III. Sequências tardias estão se tornando populares, tanto no cinema quanto na TV, com revivals como CSI, Criminal Minds e Dexter. A pausa permitiria que Druckmann lançasse a continuação sem pressa, e que os fãs jogassem Part III antes da adaptação, o que poderia melhorar a adaptação da série. Além disso, a história de Part III poderia se passar dez anos após Part II, criando uma progressão natural do tempo.

No entanto, não há previsão de lançamento de Part III. A espera por Os Ventos do Inverno, de George R.R. Martin, serve como alerta para o risco da demora. Caso a adaptação de Part II termine de forma semelhante ao jogo, haveria um final coerente se Part III não acontecer. O interesse na série pode diminuir, o que torna os spin-offs uma alternativa para manter a franquia viva.

O futuro de The Last of Us é incerto. Com a Naughty Dog focada em outros projetos, a série pode terminar na terceira temporada com um final similar ao de Part II. Há diversos caminhos para a continuação da franquia, com seus prós e contras. A decisão da HBO e de Druckmann definirá o futuro de The Last of Us, uma série que tem o potencial de se tornar uma das maiores da TV.

Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, administra o Portal N10 e a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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