Alien: Romulus, dirigido por Fede Alvarez, chegou aos cinemas em 2024 como a mais recente adição à icônica franquia Alien. A trama de terror e ficção científica acompanha um grupo de jovens mineradores espaciais que, buscando escapar de seu planeta e encontrar refúgio em uma colônia distante, se deparam com horrores inimagináveis.
A história se desenrola quando Rain (Cailee Spaeny), seu irmão androide Andy (David Jonsson), seu ex-namorado Tyler (Archie Renaux), a irmã dele, Kay (Isabela Merced), o primo dos irmãos, Bjorn (Spike Fearn), e a irmã adotiva de Bjorn, Navarro (Aileen Wu), atracam sua nave em uma estação espacial abandonada. Lá, um acidente envolvendo Xenomorfos dizimou todos os habitantes. O pesadelo recomeça quando um Facehugger desencadeia o nascimento de um novo Xenomorfo, transformando a busca por combustível em uma luta desesperada pela sobrevivência.
Situado 20 anos após a tragédia da Nostromo em Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e aproximadamente 37 anos antes dos eventos de Aliens, o Resgate (1986), Alien: Romulus oferece momentos de puro terror. Contudo, alguns elementos da narrativa levantaram questionamentos entre os fãs, com alguns furos de roteiro que impactam a experiência e a credibilidade da história.
Confira alguns dos principais pontos que geraram debate sobre ‘Alien: Romulus’
Facilidade de Escape de LV-410:
O filme estabelece que a colônia Jackson’s Star, em LV-410, possui regras rígidas para viagens espaciais. Rain e seus companheiros, ao decidirem fugir, embarcam na nave Corbelan IV rumo a Yvaga III. Surpreendentemente, a fuga ocorre sem obstáculos, contradizendo a informação inicial sobre as restrições de viagem. Essa aparente facilidade na partida questiona a relevância das regras apresentadas no início do filme.
Abandono da Estação Espacial Renaissance:
A estação espacial Renaissance, pertencente à Weyland-Yutani, é encontrada abandonada e devastada por um incidente com Xenomorfos. Sendo um centro de pesquisa valioso, contendo materiais e informações importantes, soa estranho que a corporação não tenha enviado uma equipe de resgate para avaliar os danos e recuperar os resultados das pesquisas. Uma das maiores curiosidades é o destino dos frascos de “goo preto”, ou Z-01, um composto líquido derivado do DNA Xenomorfo, com o objetivo de transformar humanos em seres adaptados ao espaço. O abandono prolongado da estação, especialmente em órbita de LV-410, levanta dúvidas sobre a negligência da Weyland-Yutani.
Produção Excessiva de Facehuggers:
A descoberta de inúmeros Facehuggers criogenicamente preservados em um dos laboratórios da estação também intriga. Alien: Romulus revela que os cientistas da Renaissance conseguiram reverter a bioengenharia do Xenomorfo original, mas não explica como isso foi possível. Sem acesso a uma Rainha Xenomorfa, capaz de gerar os ovos que originam os Facehuggers, a origem e a produção em massa dessas criaturas permanece um mistério, exigindo uma grande suspensão de descrença por parte do público.
Apesar das inconsistências, Alien: Romulus proporciona uma experiência de entretenimento, mas se distancia da abordagem detalhista que consagrou os melhores títulos da franquia. O filme está disponível para streaming no Hulu.