Com o lançamento dos primeiros episódios de Demolidor: Renascido no Disney+, uma questão central volta à tona: o que realmente diferencia um vigilante de um super-herói? A série explora essa temática através do intenso conflito entre demolidor e Kingpin.
Na trama, Wilson Fisk, o Kingpin, assume um papel de grande destaque. Após vencer a eleição para prefeito de Nova York, ele inicia uma campanha com o objetivo de erradicar os vigilantes das ruas, considerando-os uma ameaça à ordem pública. Essa atitude coloca personagens como Daredevil, White Tiger e até mesmo o Homem-Aranha em uma situação delicada. Na visão de Fisk, o Homem-Aranha é apenas um vigilante mascarado.
Debate em Demolidor: Renascido

Mesmo que o Homem-Aranha tenha lutado ao lado dos Vingadores contra ameaças globais, Fisk insiste em rotulá-lo como um vigilante que age fora da lei. Essa distinção ressalta como, para as autoridades, qualquer um que opere sem a supervisão do governo pode ser visto como um criminoso, independentemente de suas intenções.
A principal diferença parece estar no alcance das ameaças enfrentadas e no reconhecimento oficial. Super-heróis lidam com perigos em escala global ou cósmica, como conflitos no multiverso ou invasões alienígenas. Já os vigilantes atuam em nível local, combatendo o crime nas ruas e, muitas vezes, fazendo justiça com as próprias mãos.
Outro ponto importante é a relação com o governo. Em *Capitão América: Guerra Civil*, os Acordos de Sokovia introduziram o registro obrigatório para super-heróis, regulamentando suas ações. Embora essas leis tenham sido revogadas, a percepção pública dos vigilantes permanece problemática, pois é mais fácil manipular evidências contra eles e transformá-los em inimigos da sociedade.
O Homem-Aranha ocupa uma posição ambígua: ele tem o alcance de um super-herói, tendo enfrentado ameaças globais, mas continua a operar como um vigilante de bairro. Essa dualidade o torna particularmente vulnerável a campanhas de desinformação como a promovida por Kingpin na série.