Lançada há 10 dias, a minissérie “Senna”, chamou mais atenção por uma polêmica alimentada há mais de 30 anos do que pela trama em si.
Não é segredo para ninguém que a família de Senna não tem uma boa relação com a última namorada do piloto, a apresentadora Adriane Galisteu. Desde que a gigante do streaming, Netflix, anunciou que faria um projeto sobre a vida do piloto, muito se falou: como Galisteu seria retratada? Já que o produto teria influência direta da família do automobilista.
Obviamente que o burburinho iniciou ainda nos bastidores. Chegou para a imprensa que a família de Senna teria tentado excluir a apresentadora do seriado, o que teria sido negado, de imediato, pela Netflix, uma vez que a convivência de ambos foi pública e notória. A solução encontrada, então, seria reduzir a importância da apresentadora na tela. Galisteu aparece em menos de 2 minutos, enquanto Xuxa, a outra namorada do piloto, tem um episódio inteiro dedicado a ela.
Claro que isso era o combustível necessário para esquentar, ainda mais, uma polêmica que sempre reaparece, todo ano, há 30 anos. Chega o aniversário da morte do piloto e as apresentadoras postam homenagens a ele. Fãs de Xuxa e Galisteu as defendem com um clamor fora do comum, por mais que a grande maioria sequer havia nascido quando o esportista morreu.
É uma pena que tal polêmica tenha deixado a belíssima produção em segundo plano. “Senna” é o maior investimento da Netflix no Brasil e fez uma produção caprichada. Todo o elenco se destaca, mas Gabriel Leone e Alice Wegmann, grandes atores de sua geração, dão um show à parte.
Se a minissérie tivesse dado, para Galisteu, a mesma importância que deu para Xuxa, essa polêmica, talvez, teria sido menor e todo mundo valorizaria muito mais a produção.
Senna foi um dos maiores ídolos do Brasil e sua vida renderia muitos outros episódios, pois coisas para contar não falta. Basta ver como a vida pessoal dele ainda gera tanto barulho. O tempo de morte do piloto já se aproxima do tempo de vida dele e ele ainda não caiu no esquecimento.