Jornalista e locutor esportivo, Léo Batista, faleceu neste domingo, aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Sua morte ocorreu em decorrência de um câncer no pâncreas, diagnosticado após internação no Hospital Rios D’Or, onde deu entrada com quadro de desidratação e dor abdominal no dia 6 de janeiro.
Nascido João Baptista Belinaso Neto em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo Batista iniciou sua trajetória no rádio, passando por emissoras de Birigui, Campinas e Piracicaba. Em 1952, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na Rádio Globo, inicialmente como locutor e redator de notícias do programa O Globo no Ar.
Em 1954, ingressou na equipe esportiva da rádio, narrando sua primeira partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. Sua carreira no rádio o levou à TV Rio, onde comandou o Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Após uma breve passagem pela TV Excelsior, Léo Batista chegou à TV Globo em 1969, onde se consolidou como um dos maiores nomes do jornalismo esportivo do país.
Vida e carreira de Léo Batista
Ao longo de sua carreira, Léo Batista cobriu eventos marcantes da história, como o suicídio de Getúlio Vargas, a morte do presidente John F. Kennedy e a morte de Ayrton Senna. Na cobertura da Copa do Mundo de 1970, no México, coube a ele narrar os jogos dos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro, devido a problemas técnicos com a equipe que estava no local. Ele também esteve presente na final da Copa de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai, e participou da primeira transmissão interestadual da televisão brasileira, um jogo entre Brasil e Itália, no Maracanã, em 1956.
Léo Batista participou da cobertura de diversas Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, além de ter sido um dos apresentadores do *Jornal Hoje* e do *Jornal Nacional*. Em sua trajetória na Globo, apresentou o programa *Copa Brasil*, embrião do *Esporte Espetacular*. Apresentou também o quadro “Gols do Fantástico” até 2007 e o “Baú do Esporte” durante os intervalos das transmissões de futebol nos anos 2000.
Em 2011, Léo Batista foi homenageado no *Globo Esporte* com o quadro “Histórias do Léo”, onde compartilhou lembranças de sua trajetória. Em 2024, o sportv lançou a série documental “Léo Batista, a Voz Marcante”, que retrata sua vida pessoal e profissional. Sua última aparição na TV Globo ocorreu em dezembro de 2024, no *Globo Esporte*, em uma reportagem sobre a relação do beisebol com os Jogos Olímpicos.
Léo Batista iniciou sua jornada no serviço de alto-falantes de Cordeirópolis, incentivado por um primo. Antes de se tornar Léo Batista, era conhecido como João Baptista Belinaso Neto. Seu nome artístico foi sugerido pelo seu chefe Luiz Mendes, que o achava pouco sonoro. A escolha foi feita por votação entre seus colegas da rádio.
Na TV Globo, ele substituiu Cid Moreira em uma edição extraordinária do Jornal Nacional, garantindo sua contratação. O jornalista era conhecido pela sua dedicação e voz inconfundível. Sua trajetória foi marcada por sua presença nos principais telejornais e programas esportivos da emissora. Até pouco tempo antes de sua internação, Léo Batista se mantinha ativo na TV Globo, demonstrando sua paixão pelo jornalismo até os últimos dias de vida.