A autora Manuela Dias revelou detalhes da nova versão de Vale Tudo durante sua participação na CCXP 24. A escritora confirmou que a personagem Odete Roitman, interpretada originalmente por Beatriz Segall, será ainda mais implacável no remake. “Odete vai ser muito má. Ela vem com tudo! Não vai ficar falando bem do Brasil”, declarou Manuela Dias.
A adaptação, que estreia em 2025 como parte das comemorações de 60 anos da Globo, terá Débora Bloch no papel da vilã. A escolha da atriz para dar vida a essa personagem complexa gerou grande expectativa entre o público. A direção artística ficará a cargo de Paulo Silvestrini.
Manuela Dias reconhece que a tarefa de recriar um clássico da teledramaturgia brasileira traz consigo desafios significativos. A autora já havia sido alvo de críticas em entrevista à Folha de S.Paulo por conta das mudanças previstas na trama. Ela explicou que essas alterações são necessárias para refletir a evolução da sociedade, mas garantiu que manterá a essência da obra original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.
“Um clássico existe quando você relê e ele continua a ser relevante. E isso acontece com Vale Tudo. Vamos refazer com o olhar da contemporaneidade. Para quem viu e para quem vai ver. As grandes histórias da dramaturgia não têm idade. Nossa Vale Tudo é uma Vale Tudo de hoje, para o público de hoje”, explicou Manuela.
A autora destacou a profunda influência que a novela original teve em sua vida e expressou sua admiração por Gilberto Braga, um dos autores originais. “Tenho esse desafio maravilhoso de deixar vocês felizes com o remake de Vale Tudo. É uma novela que ajudou a fundar esse gênero. Assisti quando tinha 11 anos e marcou minha vida. Os grandes clássicos merecem ser recontados. É uma honra para mim adaptar, Gilberto (Braga) era um gênio”, comentou.
Manuela Dias fala sobre ‘Vale Tudo’
Manuela Dias enfatizou a importância de atualizar certos aspectos da trama para que ela faça sentido para o público contemporâneo. “São 33 anos da versão original e muita coisa mudou. O alcoolismo não era considerado doença, por exemplo. É muito bom fazer alterações porque elas refletem o progresso da nossa sociedade”, apontou. Apesar das adaptações, ela prometeu que os elementos mais marcantes da novela serão preservados: “Os bordões, os personagens vão ser reconhecidos… Toca o mambo, DJ”, disse.