Turistas são surpreendidos por cabeça d’água em trilha na Chapada dos Veadeiros e bombeiro alerta sobre riscos
O aumento das visitas a pontos turísticos naturais durante o verão, como cachoeiras e lagos, exige atenção redobrada devido ao risco de fenômenos como trombas d'água e cabeças d’água. Recentemente, um grupo de turistas viveu momentos de pânico ao ser surpreendido por uma cabeça d'água na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
A servidora pública Lana Guedes, de 43 anos, e Regiane Maria Gontijo relataram ao o susto que levaram. Elas estavam em uma trilha que, minutos antes, estava seca, quando uma forte correnteza se formou repentinamente. Segundo Lana, ao chegarem na cachoeira, foram informadas que o banho estava proibido devido à temporada de chuvas, mas não houve nenhum alerta sobre a possibilidade de ocorrência de uma cabeça d’água. No caminho de volta, a trilha se transformou em um rio.
Regiane contou que havia muitos turistas no local, incluindo crianças e idosos. Ela descreveu o momento de pânico quando foi arrastada pela correnteza após um galho quebrar. Lana criticou a falta de sinalização e informação por parte da pousada local sobre o risco de cabeças d’água na trilha.
O major do Corpo de Bombeiros, Daniel Marra, explicou que cabeças d’água são formadas pelo aumento rápido e perigoso do volume de água de um rio, causado por fortes chuvas nas partes mais altas. Ele deu algumas dicas para evitar acidentes:
- Informar-se sobre a previsão do tempo, não apenas no local de destino, mas também nas áreas mais altas da região.
- Evitar passeios em rios e cachoeiras em épocas de chuvas intensas ou logo após uma chuva forte.
- Buscar informações com guias locais sobre áreas de menor risco.
Marra também orientou sobre como identificar os sinais de uma possível cabeça d’água: a água pode ficar turva, trazer galhos e sujeira das regiões altas, e o barulho da água aumenta. Ao perceber esses sinais, o major recomenda sair do local o mais rápido possível, sem se preocupar com bens materiais. Em caso de emergência, o número de contato é o 193.
A produção do Encontro entrou em contato com a pousada citada na reportagem, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.