Universo de Vilões do Homem-Aranha da Sony Chega ao Fim com ‘Kraven, o Caçador’
O universo de personagens da Sony derivado do Homem-Aranha está oficialmente encerrado com o lançamento de Kraven, o Caçador. Essa franquia, que começou com Venom em 2018, sempre foi considerada uma das mais peculiares e aleatórias entre os universos cinematográficos de super-heróis.
Apesar de ter a trilogia Venom, a franquia nunca estabeleceu conexões significativas ou a sensação de um universo realmente interligado. A ausência do próprio Homem-Aranha, protagonista de todas as histórias originais, só intensificou essa questão. Essa falta se tornou ainda mais evidente após os sucessos de bilheteria de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, filmes que apresentaram diversas versões do herói que poderiam ter aparecido no universo da Sony, incluindo os atores Tobey Maguire e Andrew Garfield. No entanto, isso nunca aconteceu.
Com o fim da franquia, veja um ranking dos filmes do universo de vilões do Homem-Aranha da Sony, do pior ao melhor:
6. Madame Teia (2024)
Penúltimo capítulo do universo de vilões da Sony, Madame Teia rapidamente se tornou um dos maiores fracassos de 2024, sendo considerado um dos filmes de super-heróis mais incompreensíveis já feitos. Ambientado em 2003, o filme acompanha a história de Cassandra Webb, interpretada por Dakota Johnson, uma paramédica que adquire poderes de clarividência após um acidente. Ela se vê na missão de proteger um trio de jovens que estão destinadas a se tornarem Mulheres-Aranha do vilão Ezekiel Sims (Tahar Rahim).
O filme parece ter sofrido com decisões indecisas do estúdio, com a inclusão de um jovem Ben Parker e Mary Parker, pais do futuro Homem-Aranha. A transformação de Cassandra em Madame Teia é arrastada, e as futuras Mulheres-Aranha só aparecem como tal em vislumbres do futuro, muitas vezes já mostrados nos trailers. O elenco, incluindo Dakota Johnson e Sydney Sweeney, pareceu lidar com o fracasso de forma bem-humorada.
Com cenas de ação fracas, um roteiro confuso e indicações de que foi editado às pressas, Madame Teia será lembrado como um estudo de caso de tudo o que pode dar errado em um filme de super-heróis.
5. Morbius (2022)
O maior pecado de um filme de quadrinhos é ser entediante e esquecível, e Morbius é exatamente isso. Jared Leto interpreta o Dr. Michael Morbius, um biólogo que descobre uma cura para sua doença sanguínea que o transforma em um vampiro. Ele precisa lidar com o FBI e seu irmão Milo (Matt Smith), que também se tornou um vampiro. A atuação de método de Leto é desnecessária para um filme como Morbius, que tenta transformar o protagonista em um anti-herói, mas a história é confusa e o final é abrupto.
A cena pós-créditos, que conecta o filme a Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, mostra Michael Keaton como o vilão Abutre sendo transportado para o universo da Sony, formando uma aliança com Morbius. Essa tentativa forçada de criar o grupo de vilões conhecido como Sexteto Sinistro mostra como a Sony não sabia o que fazer com a franquia. Apesar disso, o filme gerou o meme #ItsMorbinTime, tornando-se uma sensação na internet.
4. Kraven, o Caçador (2024)
Kraven, o Caçador apresenta a história de origem de Sergei Kravinoff (Aaron Taylor-Johnson), um dos maiores inimigos do Homem-Aranha. O personagem ganha poderes de animais da selva e se torna um caçador implacável. O filme tinha potencial, com a atuação de Johnson e sequências de ação impressionantes, aproveitando a classificação indicativa para maiores de 18 anos. O parkour do personagem também adicionou um estilo visual único às cenas de ação.
No entanto, a história de Kraven é tão sem direção quanto a franquia da Sony. O vilão Rino, interpretado por Alessandro Nivola, só se transforma no terceiro ato, em uma das cenas de ação menos empolgantes. O Camaleão, interpretado por Freddy Hechinger, também é deixado de lado até uma transformação no último minuto. O cancelamento da franquia de vilões do Homem-Aranha pela Sony também prejudicou o filme. Apesar de ter bons momentos e cenas de ação, a história genérica e a falta do Homem-Aranha também o prejudicaram.
3. Venom: A Última Dança (2024)
A Sony encerra a trilogia Venom com Venom: A Última Dança. Eddie Brock (Tom Hardy) e seu simbionte precisam impedir que o vilão Knull (Andy Serkis) conquiste a Terra. Venom carrega um artefato que pode dar a Knull o poder de liberar um exército de simbiontes. O enredo lembra O Homem de Aço de Zack Snyder, mas o destaque são as interações entre Hardy e seu parceiro alienígena. A ida de Eddie e Venom a Las Vegas e o retorno da personagem Sra. Chen (Peggy Lu) adicionam um toque especial ao filme.
O filme termina com um confronto emocionante que destaca a amizade entre Eddie e Venom. A cena pós-créditos sugere que essa não será a última vez que veremos Venom. Como final da trilogia, Venom: A Última Dança oferece ação com simbiontes e humor, sendo um encerramento digno para a franquia.
2. Venom (2018)
A Sony iniciou seu universo de vilões do Homem-Aranha com Venom, um filme divertido e com o vilão certo. Tom Hardy interpreta Eddie Brock, um jornalista investigativo que perde o emprego após uma história sobre experimentos sinistros de Carlton Drake (Riz Ahmed). Eddie se une ao simbionte Venom e precisa impedir a invasão dos simbiontes. A relação entre Eddie e Venom é o ponto forte do filme, com Hardy interpretando os dois personagens. O filme tem um vilão genérico, Carlton Drake, que se transforma no simbionte Riot, mas a dinâmica entre Eddie e Venom é o que realmente atrai o público.
Hardy comparou a relação entre Eddie e Venom com a de Ren e Stimpy, com Eddie tentando controlar o indomável Venom, enquanto fala sozinho e tenta conter o apetite do simbionte por carne humana. O filme também tem a última participação de Stan Lee nos cinemas, adicionando um toque emocional à produção.
1. Venom: Tempo de Carnificina (2021)
Venom: Tempo de Carnificina é superior ao seu antecessor em todos os aspectos. Eddie e Venom têm cada vez mais atritos em seu relacionamento, enquanto Cletus Kasady (Woody Harrelson) se une a um fragmento de Venom e se torna o monstruoso Carnificina. O filme é mais direto que o primeiro, com apenas 97 minutos de duração, e mostra Eddie e Venom como protetores letais de São Francisco.
O filme apresenta vários personagens dos quadrinhos do Homem-Aranha, incluindo Shriek (Naomi Campbell), a noiva de Carnificina. O confronto entre Venom e Carnificina é o melhor de toda a franquia da Sony, e Woody Harrelson está excelente como o vilão Carnificina. Venom: Tempo de Carnificina também demonstra que sabe da ligação do personagem com o Homem-Aranha. A breve ida de Venom ao MCU e seu interesse em conhecer o Homem-Aranha de Tom Holland foi a primeira vez que a franquia se mostrou comprometida com o potencial de crossovers. Apesar de Venom e Eddie voltarem para casa rapidamente, esse momento exemplifica o potencial de construção de mundo compartilhado entre a Marvel e a Sony. Tom Hardy expressou o desejo de conhecer o Homem-Aranha nos cinemas no futuro, e Venom: Tempo de Carnificina é o melhor filme do universo de vilões da Sony.