Universo Sony de super-heróis: do fracasso de ‘Morbius’ ao fim com ‘Kraven, o Caçador’
A lista de fracassos do Universo Sony é longa, demonstrando a dificuldade de criar filmes de super-heróis sem a presença do Homem-Aranha.
O Universo Sony de super-heróis, sem o Homem-Aranha como figura central, enfrentou dificuldades para conquistar o público e a crítica. Muitos esperavam que os filmes de personagens secundários da Marvel alcançassem sucesso, mas a falta de uma base sólida prejudicou as produções.
Com o lançamento de Kraven, o Caçador, muitos acreditam que este seja o último filme desse universo compartilhado, ao menos por enquanto. As críticas negativas e a falta de interesse do público demonstram que a estratégia da Sony não funcionou como o esperado.
Kraven, o Caçador, dirigido por J.C. Chandor, tenta reinventar o personagem como um ativista dos direitos dos animais, concedendo a ele poderes místicos para caçar criminosos. No entanto, a trama é considerada rasa, com falta de desenvolvimento para a personagem Calipso, interpretada por Ariana DeBose, e pouco tempo dedicado à disputa familiar dos Kravinoff. Mesmo com a presença de vilões como o Rino e o Estrangeiro, o filme carece de profundidade, transformando Kraven em um mero supersoldado.
Antes de Kraven, outros filmes da Sony também decepcionaram. Em 2018, Venom, de Ruben Fleischer, apostou em um estilo visual interessante, mas com pouca substância. O filme mostra Eddie Brock, interpretado por Tom Hardy, como um anti-Homem-Aranha, mas a falta de um rival como Peter Parker no jornal Daily Bugle e a ausência de carisma do protagonista resultaram em uma trama sem muito impacto. Embora tenha feito sucesso nas bilheterias, a obra não se destacou pela profundidade.
Venom: Tempo de Carnificina (2021), dirigido por Andy Serkis, trouxe Cletus Kasady, o Carnificina, como vilão, mas o seu potencial foi desperdiçado. A trama foi criticada por apresentar uma história repetitiva, com um enredo confuso e uma luta final visualmente fraca. Além disso, a decisão de teletransportar Eddie para o universo do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) foi vista como um truque barato e sem futuro.
Ainda na lista de decepções, Homem-Aranha 3 (2007), dirigido por Sam Raimi, tentou conciliar muitas tramas e personagens, o que prejudicou a qualidade do filme. A inclusão de um triângulo amoroso com Harry e Gwen Stacy, além do visual “emo” de Peter Parker, foram duramente criticados. A trama ficou confusa, com um arco mal construído para o Homem-Areia e um retorno pouco original do Duende Verde.
Já Madame Web (2024), dirigido por S. J. Clarkson, apresentou uma história mal elaborada, com diálogos fracos e personagens subdesenvolvidos. A trama da personagem de Dakota Johnson, Cassandra Webb, buscando proteger as futuras Mulheres-Aranha, não convenceu o público, e a conexão com o Tio Ben foi considerada forçada. O fracasso do filme reiterou a falta de direção da Sony.
Venom: A Última Dança (2024), dirigido por Kelly Marcel, repete fórmulas anteriores, utilizando os Xenófagos para caçar Eddie. A trama, que deveria apresentar Knull, se tornou uma repetição de filmes anteriores, com cenas de ação pouco inspiradas. A falta de originalidade e o roteiro fraco foram os principais pontos negativos do filme.
Por fim, Morbius (2022), de Daniel Espinosa, é considerado um dos piores filmes de super-heróis já feitos. O filme foi criticado pela trama incoerente, a atuação exagerada de Jared Leto e a falta de carisma do personagem Milo, interpretado por Matt Smith. Nem mesmo a cena pós-créditos com o Abutre de Michael Keaton conseguiu salvar o longa, que misturou elementos do MCU e da DC, resultando em um filme sem identidade própria.
A lista de fracassos do Universo Sony é longa, demonstrando a dificuldade de criar filmes de super-heróis sem a presença do Homem-Aranha. A falta de roteiros sólidos, diálogos fracos e personagens mal desenvolvidos são os principais problemas enfrentados pela Sony.
