Wicked: versão digital terá 3 horas de conteúdo inédito, incluindo cenas deletadas
O musical de sucesso Wicked, que estreou em 22 de novembro com grande aclamação da crítica, está prestes a chegar às casas dos fãs. A Universal Pictures anunciou que o lançamento digital e VOD de Wicked será em 31 de dezembro de 2024, perfeito para encerrar o ano com chave de ouro. Em entrevista exclusiva, o diretor Jon M. Chu revelou que a nova versão incluirá bônus especiais, expandindo o filme de duas horas e meia para três horas de material inédito.
Além do filme, a versão digital de Wicked trará cenas deletadas, diálogos estendidos, uma versão karaokê e materiais de bastidores, incluindo entrevistas com as protagonistas Ariana Grande e Cynthia Erivo. Chu explicou que a decisão de quais cenas incluir foi difícil, e ele está animado para compartilhar momentos divertidos que, segundo ele, o público vai adorar.
“Você tem seus ‘bebês’ todos ali, e precisa ver o quão importantes eles são para a história”, explicou Chu. “Claro, tínhamos um filme longo, então eu queria fazer justiça a essa duração, também avaliando cuidadosamente onde cada cena se encaixava. Nosso processo envolveu muitas discussões sobre cada cena. ‘Esta é necessária? Estamos nos adiantando demais para o público?’. No fim, é tudo para a melhor experiência geral do filme. E há coisas muito engraçadas que eu sei que o público vai adorar. Estou animado para poder compartilhar isso agora com o lançamento em vídeo doméstico.”
O diretor também falou sobre as cenas que precisaram ser cortadas: “A cena da promessa entre Elphaba e Glinda, onde ela diz: ‘Eu nunca mais vou te deixar para trás’. A atuação delas é incrível. Vemos lados de Glinda e Elphaba que não vemos em nenhuma outra cena do filme. Mas, no fim, a promessa acabou se adiantando para o público. Se você tem isso, se você sabe que ela prometeu isso, então quando elas chegam no trem, que é duas cenas depois, não há drama sobre se ela vai ou não convidar Glinda”.
Chu continuou: “Ao remover essa cena, mantivemos o público um pouco mais curioso sobre o que vai acontecer entre as duas. Então, quando ela a convida, há uma sensação de satisfação. Isso, e também a cena na floresta com Fiyero, onde eles resgatam o filhote e têm uma conversa mais longa. Para mim, essas cenas eram lindas e doeu muito cortá-las, mas sabíamos que precisávamos chegar à Cidade Esmeralda naquele ponto. Queríamos entrar naquele trem”.
Wicked foi um sucesso massivo, recebendo 88% de aprovação da crítica e uma pontuação ainda maior do público, com 95%. O filme também se destacou comercialmente. Com um orçamento de US$ 145 milhões, focado em cenários e adereços práticos, o longa arrecadou o valor investido já no primeiro fim de semana de exibição mundial. Atualmente, é a sexta maior bilheteria de 2024, com uma arrecadação de US$ 576,9 milhões, o que gera expectativas positivas para a segunda parte, Wicked: For Good, com lançamento previsto para 21 de novembro de 2025.
A versão digital de Wicked estará disponível para compra ou aluguel a partir de 31 de dezembro.
Em entrevista à CBR, Jon M. Chu compartilhou seu entusiasmo em apresentar o filme para o público que não está familiarizado com o musical da Broadway. Ele também refletiu sobre sua própria experiência com musicais e revelou seu próximo projeto: Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat, um de seus favoritos desde a infância. Além disso, Chu está trabalhando em um musical animado baseado no livro Oh, the Places You’ll Go, do Dr. Seuss, com a colaboração de Pasek e Paul.
O diretor destacou a importância de equilibrar as expectativas do público que conhece o musical e aqueles que estão descobrindo a história, que também é parte do universo de O Mágico de Oz. Para isso, a equipe identificou momentos-chave da narrativa que mereciam atenção especial e permitiu que os talentos de Ariana Grande e Cynthia Erivo brilhassem em cada cena.
Chu mencionou que sua experiência adaptando Em um Bairro de Nova York para o cinema o ajudou a abordar Wicked com mais confiança. “Foi muito importante para mim entender que podemos adaptar um espetáculo amado do palco para o público do cinema, que tem exigências diferentes. Os momentos emocionais precisam ser ajustados, e você precisa confiar nos seus instintos para saber o que as pessoas precisam.” Para ele, a música é uma ferramenta narrativa que complementa o diálogo, não algo separado da história.
Para ele, musicais são uma forma de contar histórias que vai além do diálogo. “Não vejo a música como algo separado. Para mim, ela é apenas parte da forma como conto histórias – como outra expressão, até mais do que o diálogo pode fazer. Não é algo que você coloca em cima da história.”