O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao atual chefe do executivo do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido). Durante uma live nesta segunda (29) com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), Lula disse que o Brasil tem “o governo mais desmoralizado do planeta Terra”.
Além disso, segundo Lula, caso Bolsonaro mantenha seu comportamento atual em relação à pandemia de Covid-19, “vamos nos arrastar até 2022 chorando a morte de milhares de companheiros que poderiam ser salvos”.
Ex-presidente elogiou governadores
Para o petista, o Governo Federal tinha que ter reunido governadores e especialistas para criar estratégias contra a doença. O ex-presidente ainda fez elogios aos governantes estaduais na pandemia.
“O papel do governo não é fazer discurso ou fake news, é organizar a sociedade, como um maestro. O Bolsonaro não tem que gostar do Doria (governador de São Paulo), do Camilo (Santana, governador do Ceará), tem que governar o Brasil, e respeitar como quer ser respeitado”, disse Lula.
“Se tem uma lição que a gente aprendeu no coronavírus é que temos governadores humanos. O que vocês fizeram foi muito mais do que o governo federal fez. O Bolsonaro dá sinais de desespero para esse país, não sei como a gente vai aguentar isso até 2022. Espero que não seja necessário”, continuou.
Na sequência, Lula avaliou que é necessário que a pandemia passe para que o Brasil volte a receber investimentos. “O Brasil tem hoje o governo mais desmoralizado do planeta Terra. Quem vai querer investir aqui? A gente precisa ter uma conversa muito séria sobre os rumos desse país”, apontou.
Lula falou sobre o Ministério da Saúde
O ex-presidente também criticou as escolhas de Bolsonaro para o Ministério da Saúde. Em meio à pandemia, o cargo de ministro da Saúde é interinamente ocupado pelo general Eduardo Pazuello, que já admitiu “ser leigo” em questões técnicas da pasta.
“(Luiz Henrique) Mandetta começou de um jeito e terminou de um jeito bom, terminou sendo admirador do SUS (Sistema Único de Saúde). Era visível que aquele outro ministro (Teich) não era médico, era formado em Oncologia e foi para o mercado (…) Saiu porque estava ficando ridículo e aí vem um general. Também dá de cara a ideia de que não entende de saúde (…) E levou mais generais para lá, não sei pra que, um desrespeito”, desaprovou.